Atypical
  
   Existem muitas coisas a se levar em conta ao avaliar uma série, porém, as vezes um certo elemento já afeta completamente a visão sobre os outros. Não é o caso de Atypical, que balanceia com fluidez toda a história que nos proporciona.
   Autismo é algo sério, já fora levado para as câmeras várias vezes. Mas, sua concepção sempre deixou a desejar, afinal, os problemas dos personagens nem sempre eram tratados como deveriam.
   Aqui temos uma família "comum", que se desenvolve conforme a narrativa nos introduz a seu universo, esse é um dos grandes acertos da série, não apenas costurar seus personagens, mas os dar o valor e importância que merecem.
   Sam, vive seu último ano escolar, a vida sempre fora complicada por conta de seu lado literal latente. Com a ajuda de sua irmã, Casey, Zahid, seu melhor amigo e conselheiro amoroso, ele enfrenta as dificuldades da vida como pode.
   Outra ressalva se deve ao roteiro, que muito bem poderia ter sido centrado apenas no protagonista, deixando a superficialidade tomar conta da maioria que o rodeia. Temos o romance e a vida escolar de Casey, as dúvidas de Elsa, o ciúme de Julia, a culpa de Doug e claro, os problemas de Sam sendo desenvolvidos enquanto aprendemos com cada um.
   Com uma aposta inusitada, a Netflix provou novamente ser capaz de acertar em cheio, trazendo um conteúdo interessante e inspirador. Se sua premissa parecia previsível, a execução pode deixar muitos desavisados boquiabertos, com seu emaranhado de ideias, Atypical é a melhor produção de streaming do ano.

Nota: 10.

 
 
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 18/09/2017
Reeditado em 18/09/2017
Código do texto: T6118081
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