Bosco -Significado do nome Bosco - artigo sobre a compaixão de Jesus diante das multidões e das pessoas: 110.17771/PUCRio.ATeo.23358 172 - Atualidade Teológica, Rio de Janeiro, v.46, p. 162-173, jan./abr.2014

Enigma - Return To Innocence

https://www.youtube.com/watch?v=Rk_sAHh9s08

Vangelis - Conquest of paradise

Mor.Kh

Recomendado

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Bosco (Italiano de gênero masculino)

Gênero: nome masculino

O nome Bosco escrito ao contrário: Ocsob

Javé é gracioso ou agraciado por Deus!

"Um santo triste é um triste santo." Dom Bosco

Indica uma pessoa com forte tendência de liderança.

Impulsivo, pode ser mal interpretado por algumas vezes.

Seus atos sempre visam o benefício da maioria, pois possui carácter nobre.

Toponímico:

"Pio V nasceu em Bosco Marengo, província de Alexandria (área de 44.7 km² - comuna italiana da região do Piemonte, norte da Itália), em 1504.

Alguns etimologistas acreditam que a origem do nome Bosco esteja no catalão bosc, proveniente da palavra do idioma franco busk, que pode ser traduzido como “arbusto” ou “vegetação”.

https://www.dicionariodenomesproprios.com.br/bosco/

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Meu pai colocou em mim o nome Bosco.

Bosco significa em italiano: "bosque", “floresta” ou “mata”.

Ex: "un bosco di capelli - uma floresta de cabelos"

https://www.infopedia.pt/dicionarios/italiano-portugues/bosco

O pai que me criou e educou dizia sempre:

"- Na natureza nada se perde, tudo está em evolução.

E com Pe. Vieira e outros oiço e leio:

"Um semeia; outro é o que colhe" (Salmo)

"É a tecelã, ela faz telas para seu uso e telas que não irá usar..."

Meu santo onomástico é São João Bosco (1815 – 1888)

- Fundador dos Salesianos. Nascido com o nome de João Melchior Bosco, este santo católico é considerado o “Pai e Mestre da Juventude”.

Dom Bosco também é conhecido por ser o padroeiro da capital do Brasil, Brasília. Bosco é um sobrenome bastante comum entre os brasileiros.

Gostava de rir como outros santos - São Francisco de Sales, Tomas de Aquino e outros.

Eutrapelia: a virtude da “boa risada

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SUGESTÃO DE LEITURA A MAIS.

SAIBA MAIS:

ISSN 1676-3742

Presenças do verbo mover-se de compaixão ( ) nos evangelhos sinóticos

Occurrences of the verb be moved with compassion ( ) in the synoptic gospels

Ildo Perondi

Resumo

A presente comunicação trata-se de uma pesquisa que analisa a presença do verbo (splangxnizomai, “mover-se ou ser movido de compaixão, comover-se”) e suas ocorrências nos evangelhos sinóticos. Foi feita uma breve investigação desde as origens do termo no grego clássico, passando pelo uso do mesmo na LXX e outros escritos pré-cristãos para identificar a evolução do seu sentido primitivo até o uso exclusivamente teológico, caracterizando ações compassivas narradas nos evangelhos sinóticos.

Então, foi realizada uma análise comparativa ressaltando as semelhanças e diferenças entre o uso do verbo nos evangelhos de Marcos e Mateus em comparação com o evangelho de Lucas. Embora usado poucas vezes, mas aplicado em situações pontuais dentro dos evangelhos, o termo caracteriza o agir messiânico de Jesus,

que, diante de situações cruciais em que se defrontava,

era movido de compaixão e agia para solucionar a situação.

Palavras-chave: Splangxnizomai, Compaixão, Evangelhos, Jesus.

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Origens1

Desculpe-nos! OBS: NÃO APARECE EM GREGO Splangxnizomai E OUTRAS EXPRESSÕES GREGAS NO ORIGINAL

O substantivo tem suas origens ainda no grego pré-cristão, desde

Homero, quando era empregado para indicar as partes da vítima que eram oferecidas em sacrifício aos deuses. O termo referia-se às partes consideradas mais nobres dos animais: fígado, coração, rins e pulmões.

H.-H. Esser inclui

1

Para esta análise recorremos basicamente ao texto clássico de H. Köster (

, In: KITTEL, G. (Ed.). Grande lessico del Nuovo Testamento. Brescia: Paideia, 1963-

1988, p. 904-934), ao qual fazem referência basicamente todos os autores que comentam o verbo.

10.17771/PUCRio.ATeo.23358

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também o baço entre os órgãos considerados vitais2

. Estes órgãos eram retirados dos animais logo após os mesmos terem sido abatidos e então os órgãos eram cozidos e consumidos nos banquetes sacrificais.

O termo era usado também para referir-se aos mesmos órgãos humanos, causando certa ambiguidade, de modo que no banquete sacrifical alguém poderia dizer que por ter se alimentado dos dos animais sacrificados havia sentido um mal estar nos seus próprios .

Outro uso ainda de era para designar ou para indicar os órgãos

sexuais masculinos e o útero ou ventre materno como locais dos poderes da concepção e do nascimento. Mas podiam indicar também o recém-nascido do ventre materno3.

Porém, podia adquirir ainda um caráter sentimental, de modo

que podia representar a sede das paixões instintas, ou seja: o lugar dos desejos incontroláveis e dos sentimentos, já que os intestinos eram considerados a sede das paixões humanas4, podendo significar compaixão ou amor. Esta interpretação já era feita desde os tempos de Sófocles (V século a.C.)5 . No entanto, embora tendo um sentido parecido deve-se atentar para uma diferença entre e o coração ( ). Note-se que simbolizava a sede de sentimentos mais elevados, como o amor e o ódio, a coragem e o medo, a alegria e a dor; enquanto que tinha um significado abrangente, isto é, mais cruento ou mais pesado e até poderíamos dizer mais “grosseiro” do que 6.

Não foi no grego clássico, mas no judaísmo tardio que o termo adquiriu

um sentido metafórico, para expressar a atitude de ter misericórdia, sentir dó, ter compaixão, como sentimentos provenientes do coração.

O verbo tem o mesmo sentido no grego antigo e significa literalmente

“comer as vísceras sacrificais”, no entanto o verbo não é atestado no grego clássico.

Conclusão

Da análise realizada é possível concluir que o substantivo e o verbo

tiveram uma evolução em seu uso no decorrer da história.

De uma origem em que os significavam os órgãos nobres dos animais oferecidos nos banquetes sacrificais ou os próprios órgãos vitais humanos, o termo juntamente com o verbo e todo o seu campo semântico passaram a adquirir também um significado sentimental para referir-se aos sentimentos humanos mais nobres, como também passam a expressar comportamentos divinos. Assim esta era uma das características esperadas do Messias que deveria vir ao mundo.

Segundo Gnilka “compaixão é mais do que um afeto puramente humano. Assim a compaixão no Antigo Testamento é propriedade de Deus”22.

Nos Evangelhos é sempre usado com o mesmo sentido ao do Testamento dos Doze Patriarcas. Com exceção das duas ocorrências nas parábolas de Lucas, onde adquire comportamentos humanos

(10,33 e 15,20) nos demais casos são atitudes de Jesus e caracterizam a divindade do seu agir, portanto têm sempre atributos divinos.

O seu significado vai além do seu sentido literário para demonstrar que “seu coração se contraiu convulsivamente diante da vista da necessidade humana gritante, e caracteriza a compaixão messiânica de Jesus”23.

Outra constatação importante é que os sujeitos das ações compassivas

em Lucas são: Jesus, o samaritano e o pai do filho pródigo.

Uma análise dos textos nos indica que a intenção de Lucas poderia ser a de expressar que o sentimento de compaixão foi exercido por Jesus diante da viúva de Naim; que deve ser exercido por nós, representados na figura do bom samaritano; e é o sentimento que Deus sente e que está representado pelo pai do filho que estava perdido e retorna à casa.

Referências Bibliográficas

https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/23358/23358.PDFXXvmi=

BÍBLIA de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2004.

BÍBLIA: Tradução Ecumênica (TEB). São Paulo: Loyola, 1994.

BOVON, F. El Evangelio según San Lucas II (Lc 9,51–14,35), Salamanca: Sígueme, 1995, p. 109-110.

CENTRO EVANGELIZZAZIONE E CATECHESI “DON BOSCO”. I

quattro vangeli commentati: strumenti di lavoro per i gruppi biblici e per

la preparazione della liturgia. Torino: Elledici, 2002.

ESSER, H. H. . In: COENEN, L.; BEYREUTER, E.; BIETENHARD,

H. (Ed.). Dizionario dei concetti biblici del Nuovo Testamento. Bologna:

Dehoniana, 1976.

GNILKA, J. El evangelio según San Marcos. Mc 1,1–8,26. Sígueme:

Salamanca, 2005, v. 1.

GNILKA, J. El evangelio según San Marcos. Mc 1,1–8,26. Sígueme: Salamanca, 2005, v. 1, p. 302.

ESSER, , p. 1300-1301. Cf. KÖSTER. , p. 920.

10.17771/PUCRio.ATeo.23358

Atualidade Teológica, Rio de Janeiro, v.46, p. 162-173, jan./abr.2014 173

KÖSTER, H. spla,gcnon, splagcni,zomai. In: KITTEL, G. (Ed.). Grande

lessico del Nuovo Testamento. Brescia: Paideia, 1963-1988, p. 904-934.

NICKELSBURG, G. W. E. Literatura judaica, entre a Bíblia e a Mixná: uma introdução histórica e literária. São Paulo: Paulus, 2011.

PROENÇA, E. (Org.). Apócrifos e Pseudo-epígrafos da Bíblia. 6. ed. São

Paulo: Fonte, 2010.

RUSCONI, C. Dicionário do Grego do Novo Testamento. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2005.

Ildo Perondi

Doutorando em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Católica

do Rio de Janeiro

Professor na Pontifícia Universidade Católica do Paraná -

PR - Brasil

E-mail: ildo.perondi@pucpr.br

Recebido em: 01/06/13

Aprovado em: 26/09/13

https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/23358/23358.PDFXXvmi=

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J B Pereira e https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/23358/23358.PDFXXvmi=
Enviado por J B Pereira em 01/05/2018
Reeditado em 25/05/2018
Código do texto: T6324315
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