Histórias: a multidisciplinaridade do homem e o tempo

Histórias: a multidisciplinaridade do homem e o tempo

Como mencionado no final do texto “O ofício do historiador”, História, como é designada a ciência que estuda as relações dos homens no tempo, é uma designação que preza uma cultura dominante, isto é, responsável pela subjugação vencedora frente à(s) outra(s) cultura (s).

Mas, não se trata de uma análise que preza uma versão definitiva sobre qualquer fato que seja por uma série de fatores:

• As análises são produto de alguém contemporâneo ao fato.

• História é um termo que despreza a múltiplas dimensões inseridas em seu campo de estudo.

• O objeto de estudo não é o tempo, mas o homem e suas diversas transformações ao longo do tempo.

• Não é objetivo dessa área esgotar as possibilidades de estudo ou análises.

Assim, em virtude da humanização característica das análises desse estudo, amplia-se, imensamente, as possibilidades de atuação do historiador dentro das Histórias. Desconsidera-se, imediatamente, a “repetição” dos objetos de estudo, porque as análises serão sempre distintas entre si, tanto em sua redação como nas teorias em que se basearão.

O tempo, na verdade, possibilita a originalidade e a singularidade dos fatos dentro do tempo cronológico. Desse modo, não é objeto de estudo, mas um meio para legitimar as teorias no curso das Histórias.

Portanto, as histórias prestigiam suas múltiplas possibilidades em que se fundamentam os fatos. A impossibilidade de ser contemporâneo (a) ao fato, aumenta ainda mais o desconhecimento da verdade. Aliás, a própria designação do termo já pressupõe uma característica eliminatória frente às outras questões, o que não é objeto desse campo.

Marcel Franco Lopes

Historiador (UTP)