PARA SALVAR UMA VIDA - BRIAN BAUGH

Para salvar os outros e a si mesmo é a proposta do longametragem com foco cristão, sucesso de público nos Estados Unidos

O cinema cristão continua em alta, e a bola da vez é o longametragem Para Salvar uma Vida (To Save a Life, EUA, 2009), que não entrou em circuito nos cinemas brasileiros, mas que fez grande sucesso entre jovens e adolescentes norte-americanos, invadindo redes de relacionamentos virtuais e arrecadando mais de 2,5 milhões de dólares, valor muito significativo para uma produção do gênero. O roteiro – que depois se transformou em livro, e não o contrário como geralmente acontece –, escrito pelo estreante Jim Britt, conta a história de um jovem bastante popular em sua escola – ele joga no time de basquete, namora a garota mais bonita e tem amigos por toda parte – que resolve mudar radicalmente de atitudes para com o próximo, além de sacrificar sonhos e anseios profissionais daquele mundo “praticamente” perfeito do qual desfruta. Isso tudo por se sentir culpado por não conseguir ajudar um amigo de infância que, sentindo-se rejeitado por vivenciar uma situação totalmente oposta – sem amigos, sem namorada e sem bolsa de estudos para a universidade –, entra armado no colégio e se torna pivô de uma tragédia praticamente anunciada. “É a história de um aluno que passa a viver uma vida muito além do que apenas sucesso e popularidade, mas o verdadeiro significado da vida”, resume o roteirista, que cuida de um ministério para a galera jovem desde que cursava a faculdade. “Muitas das histórias são baseadas na vida real dos alunos com os quais eu trabalhei e os desafios que eles enfrentaram”, complementa.

Sem uma explicação plausível por parte de psicólogos e especialistas que estudam o comportamento humano, há tempos que esse fenômeno de “matança gratuita” deixou de ser um problema local para se tornar uma preocupação de ordem mundial. Dado aos inúmeros casos, nos Estados Unidos a questão tem sido tratada como uma espécie de epidemia. E sempre que se imagina que ninguém mais tenha coragem de cometer uma atitude tão intempestiva, novamente o mundo se vê surpreendido por novos casos, protagonizados por estudantes homicidas que invadem escolas e salas de aulas atirando a esmo contra grupos de alunos e, muitas vezes, pondo fim às suas próprias vidas.

Nesse sentido o filme pode também desempenhar um papel de conscientização e reflexão social, tanto que a distribuidora no Brasil (BV Films) tem agendado exibições em diversas igrejas e comunidades evangélicas, inclusive para fomentar discussões e debates sobre o assunto. Na mesma linha de pensamento segue o diretor Brian Baugh, motivado e otimista de que seu trabalho possa gerar uma mudança positiva na vida dos adolescentes. “Os filmes não devem apenas entreter, mas também impactar a vida de seus telespectadores”, define.

Fonte: Revista Eclésia - Edição 144

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José Donizetti Morbidelli
Enviado por José Donizetti Morbidelli em 16/09/2010
Reeditado em 12/03/2012
Código do texto: T2501919
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