Taken ou Busca Implacável
 
 
 
Eu jurava que era um filme norteamericano, no entanto a produção é francesa.Deveria ter desconfiado, o nome do diretor é Pierra Morel. 

Não estava planejando ver, mas o nome do ator protagonista chamou a minha atenção, o irlandês Liam Neeson.Gosto dele. 

Um roteiro bem simples, desenvolvido sem nenhuma lógica. O protagonista é um ex agente secreto dos Estados Unidos, já aposentado e que se rói de remorsos por ter perdido a família para a profissão. Sua ex mulher é agora casada com um homem rico e ele tenta desesperadamente recuperar os anos perdidos em que não viu crescer a filha adolescente: Magie Grace, de Lost.

A festa começa no aniversário da filha quando se nota a má vontade que a ex mulher tem com ele. Logo a seguir a filha o chama para um almoço e ele vai todo feliz – surpreende-se ao ver que a mãe a acompanha e que ambas querem que ele dê permissão para a jovem viajar para Paris, sozinha, com uma amiga. Contrariado ele acaba permitindo e aí acaba o seu sossego: mal chega em Paris a filha é seqüestrada por uma quadrilha de albaneses que trafica mulheres para a prostituição.

No começo eu até comecei a contar quantas mortes esse pai alucinado foi provocando, desisti logo. Impossível um homem sozinho conseguir realizar tantas proezas. Ele chega ao cúmulo de correr atrás de um carro e não fazer feio, chega praticamente junto.
 
 
 
Enquanto isso, lá na cozinha alguém derruba um xícara que se esfarela em mil pedaços. E três mulheres se unem para recolher todos os farelinhos para que os meus pequenos, pela manhã, ao entrarem ali, não comam tudo o que encontrarem pela frente. E antes de irem embora, ou simplesmente irem dormir, todas me avisam: amanhã, quando for alimentá-los, não deixem que eles entrem na cozinha porque poderão comer cacos de vidro. E eu fico abobada pensando como dois cachorrinhos puderam, em três semanas, mudar completamente toda a dinâmica de uma casa. E enquanto via o filme eu também pensava que anjos tomam as formas mais estranhas para conviverem com os humanos. Até se vestem de cachorros se preciso for. Anjos com jeito de diabinhos.

O filme? Em que pese os exageros da ação foi bom de ver. Os bandidos não eram franceses nem norteamericanos,  mas os terríveis e malvados albaneses. O comprador de virgens? Um xeque árabe bilionário dono de um iate tão grande quanto um navio transatlântico.  O tempo em que tudo aconteceu: quatro dias, em que o pai cruzou o espaço entre a América e a Europa e matou, matou e matou até encontrar a filha adolescente e trazê-la de volta para casa. Onde ela vai dar início a uma brilhante carreira de cantora, o que não passa de dedução minha induzida pelo roteiro e a direção.