O TALISMÃ ESCARLATE 8: Yuuto e Kuezu
O TALISMÃ ESCARLATE 8: Yuuto e Kuezu
Miguel Carqueija
Yuuto fica incomodado por verificar que Himari, para protegê-lo, arriscara-se numa perigosa batalha contra Kuezu, a “matadora de ayakashis” de magia ocidentalista, que no passado fôra prometida a ele como noiva. O rapaz decide que tem de ir ao encontro de Kuezu para clarificar o assunto com duas teses: não pretende se casar com ela e não pretende combater os ayakashis. O que Yuuto defende, no fundo, é a coexistência entre diferentes, um idealismo que, transcendendo a fantasia, vem a ser uma mensagem válida para o nosso mundo real. Kuezu ainda não está pronta para entender isso, para ela Himari e Shizuru são “a gata” e “a cobra”, desprezíveis por serem duas ayakashis (seres folclóricos). Mas Yuuto procura a garota mágica na cobertura de hotel onde ela está vivendo e lhe fala com clareza e firmeza, contrariando seu próprio temperamento hesitante.
Resenha do capítulo 8 — “A curiosidade matou a gata?” — da mini-série de animação “Omamori Himari” (O talismã escarlate). Adaptação do mangá de Milan Matra publicado entre 2006 e 2013 pela Kadokawa Shoten (Japão). Zexcs Estúdio, 2010. Produção: Seiichi Hachna. Direção: Shinji Ushiro. Roteiro: Katsumi Hasegawa. Música: Yukari Hashimoto.
Elenco de dublagem:
Himari Noihara...............Ami Koshimizu
Yuuto Amakawa...............Daisuke Hirakawa
Rinko Kuzaki...................Iori Nomizu
Taizo Masaki..................Tatsuhisa Suzuki
Shizuru...........................Kei Shindô
Kuezu Jinguji...................Yuki Matsuoka
Lizlet L. Chelsie...............Aski Ôgame
“Ela sempre sai para lutar após me deixar fora do caminho.”
(Yuuto Amakawa)
“O Yuuto só quer ter uma vida normal. Quem está mais perto da vida normal do Yuuto? Não sou eu?”
(Rinko Kuzaki)
“Não sou como você. Não posso seguir o seu caminho. Você não é minha aliada.”
(Yuuto Amakawa)
Este é um dos episódios mais eróticos do seriado, ainda que brincando com a inocência e pudor de Yuuto, o que faz com que o erotismo se dilua de maneira cômica, ainda que não se deva recomendar a série para o público mais jovem. De fato “Omamori Himari” tem um lado infantil (até pelo traço suave e singelo) mas é como que dirigido ao lado infantil dos adultos. A cena em que Himari, a ayakashi-gata e guarda-costas fiel de Yuuto (a quem chama de “jovem mestre) para recuperar seus atributos abalados pela desvantagem na recente batalha da qual saíra bem ferida, toma uma “pílula esotérica” que contém “gatária” (sic), ou seja um componente que faz despertar sua natureza animal e felina, tornando-a temporariamente insana, beira a pornografia sem que nada aconteça. Yuuto se recusa a deixar o quarto, pois não sabe qual é o efeito do remédio e se preocupa com ela. Mas Himari (que lembramos aqui, é o “talismã escarlate” do título), adquirindo as orelhas e cauda de gata, passa a se comportar como uma gata no cio, deixando Yuuto apavorado e esforçando-se para acalmá-la. Ele chega a ser arranhado em volta do olho. Sob efeito da pílula Himari não sabe o que faz, e Yuuto, extremamente pudico, permanece na defensiva, mas recusando-se a deixá-la sozinha. No fim das contas, o recato de Yuuto é exemplar, ainda mais tratando-se de um adolescente (aqui no Brasil espalha-se na mídia que adolescente é coisa sem-vergonha), bem como o respeito que ele tem pelas mulheres.
Apesar desse erotismo a linha principal da mini-série é outra, pois existe toda uma discussão ética e moral sobre os relacionamentos entre seres diferentes, humanos e ayakashis. Yuuto se opõe à linha belicista e a sua postura começa a abalar o belicismo de Kuezu, que age motivada pelo desejo de fazer algo que recupere o prestígio de sua família e isso para ela inclui ser uma matadora de demônios (ou melhor, ayakashis, chamados ás vezes de demônios na tradução). Kuezu consegue despertar memórias de infância de Yuuto, e ele descobre que, naquele tempo, ele achava que se devia matar os ayakashis. Mas ele cresceu e amadureceu e agora não tem mais um pingo de espírito bélico. Para ele o mais importante é amolecer o coração de Kuezu para que cessem as hostilidades. O episódio termina inconcluso...
Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2018.
(na figura: Kuezu, Lizlet, Rinko, Himari e Shizuru, todas enamoradas por Yuuto)
O TALISMÃ ESCARLATE 8: Yuuto e Kuezu
Miguel Carqueija
Yuuto fica incomodado por verificar que Himari, para protegê-lo, arriscara-se numa perigosa batalha contra Kuezu, a “matadora de ayakashis” de magia ocidentalista, que no passado fôra prometida a ele como noiva. O rapaz decide que tem de ir ao encontro de Kuezu para clarificar o assunto com duas teses: não pretende se casar com ela e não pretende combater os ayakashis. O que Yuuto defende, no fundo, é a coexistência entre diferentes, um idealismo que, transcendendo a fantasia, vem a ser uma mensagem válida para o nosso mundo real. Kuezu ainda não está pronta para entender isso, para ela Himari e Shizuru são “a gata” e “a cobra”, desprezíveis por serem duas ayakashis (seres folclóricos). Mas Yuuto procura a garota mágica na cobertura de hotel onde ela está vivendo e lhe fala com clareza e firmeza, contrariando seu próprio temperamento hesitante.
Resenha do capítulo 8 — “A curiosidade matou a gata?” — da mini-série de animação “Omamori Himari” (O talismã escarlate). Adaptação do mangá de Milan Matra publicado entre 2006 e 2013 pela Kadokawa Shoten (Japão). Zexcs Estúdio, 2010. Produção: Seiichi Hachna. Direção: Shinji Ushiro. Roteiro: Katsumi Hasegawa. Música: Yukari Hashimoto.
Elenco de dublagem:
Himari Noihara...............Ami Koshimizu
Yuuto Amakawa...............Daisuke Hirakawa
Rinko Kuzaki...................Iori Nomizu
Taizo Masaki..................Tatsuhisa Suzuki
Shizuru...........................Kei Shindô
Kuezu Jinguji...................Yuki Matsuoka
Lizlet L. Chelsie...............Aski Ôgame
“Ela sempre sai para lutar após me deixar fora do caminho.”
(Yuuto Amakawa)
“O Yuuto só quer ter uma vida normal. Quem está mais perto da vida normal do Yuuto? Não sou eu?”
(Rinko Kuzaki)
“Não sou como você. Não posso seguir o seu caminho. Você não é minha aliada.”
(Yuuto Amakawa)
Este é um dos episódios mais eróticos do seriado, ainda que brincando com a inocência e pudor de Yuuto, o que faz com que o erotismo se dilua de maneira cômica, ainda que não se deva recomendar a série para o público mais jovem. De fato “Omamori Himari” tem um lado infantil (até pelo traço suave e singelo) mas é como que dirigido ao lado infantil dos adultos. A cena em que Himari, a ayakashi-gata e guarda-costas fiel de Yuuto (a quem chama de “jovem mestre) para recuperar seus atributos abalados pela desvantagem na recente batalha da qual saíra bem ferida, toma uma “pílula esotérica” que contém “gatária” (sic), ou seja um componente que faz despertar sua natureza animal e felina, tornando-a temporariamente insana, beira a pornografia sem que nada aconteça. Yuuto se recusa a deixar o quarto, pois não sabe qual é o efeito do remédio e se preocupa com ela. Mas Himari (que lembramos aqui, é o “talismã escarlate” do título), adquirindo as orelhas e cauda de gata, passa a se comportar como uma gata no cio, deixando Yuuto apavorado e esforçando-se para acalmá-la. Ele chega a ser arranhado em volta do olho. Sob efeito da pílula Himari não sabe o que faz, e Yuuto, extremamente pudico, permanece na defensiva, mas recusando-se a deixá-la sozinha. No fim das contas, o recato de Yuuto é exemplar, ainda mais tratando-se de um adolescente (aqui no Brasil espalha-se na mídia que adolescente é coisa sem-vergonha), bem como o respeito que ele tem pelas mulheres.
Apesar desse erotismo a linha principal da mini-série é outra, pois existe toda uma discussão ética e moral sobre os relacionamentos entre seres diferentes, humanos e ayakashis. Yuuto se opõe à linha belicista e a sua postura começa a abalar o belicismo de Kuezu, que age motivada pelo desejo de fazer algo que recupere o prestígio de sua família e isso para ela inclui ser uma matadora de demônios (ou melhor, ayakashis, chamados ás vezes de demônios na tradução). Kuezu consegue despertar memórias de infância de Yuuto, e ele descobre que, naquele tempo, ele achava que se devia matar os ayakashis. Mas ele cresceu e amadureceu e agora não tem mais um pingo de espírito bélico. Para ele o mais importante é amolecer o coração de Kuezu para que cessem as hostilidades. O episódio termina inconcluso...
Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2018.
(na figura: Kuezu, Lizlet, Rinko, Himari e Shizuru, todas enamoradas por Yuuto)