Para Sempre Lylia (2002)

Esse filme escandinavo, produzido em 2002, é, com certeza, uma passagem só de ida para o inferno. Ele aborda temas polêmicos como tráfico humano, prostituição, degradação social e abandono familiar. PARA SEMPRE LYLIA mostra uma adolescente de 16 anos, a personagem do título, que vive em algum lugar pobre da Rússia, num conjunto de prédios caindo aos pedaços. Abandonada pela mãe, que foi embora com o novo namorado para os EUA, Lylia é deixada com pouco dinheiro e na companhia da tia, que a despreza. Obrigada a ir morar num apartamento menor e em precárias condições, a garota passa os dias fumando e cheirando cola com outros adolescentes. Seu único verdadeiro amigo é Volodia, um garoto de apenas 11 anos, que vive sendo espancado pelo pai desequilibrado. Certo dia Lylia recebe uma carta de uma instituição social, solicitando sua presença. Lá, ela fica sabendo que sua mãe não só não iria mais lhe enviar dinheiro, como também estava renunciando à maternidade, ou seja, não queria mais ser sua mãe. Abandonada, sem dinheiro e sem energia elétrica, cortada por falta de pagamento, Lylia resolve largar os estudos e recorrer à prostituição. A primeira vez da garota, que é virgem, com um cliente é de revirar o estômago. Certa noite ela é agredida por um homem, e é socorrida por Andrei, por quem se apaixona. O que Lylia não sabe é que Andrei faz parte de uma rede internacional de prostituição. O rapaz promete à adolescente levá-la para a Suécia, onde ela teria um bom emprego e melhores condições de vida. No entanto, ao chegar ao aeroporto, Lylia é levada por um homem, que a aprisiona num apartamento, e passa a obrigá-la a fazer programas, nos quais a garota é constantemente estuprada e agredida.

Dirigido pelo sueco Lukas Moodyson, PARA SEMPRE LYLIA é um filme impactante e perturbador, capaz de chocar o mais insensível dos espectadores. Não tem como não se envolver e se sentir aflito com a via crucis da protagonista, cuja situação vai piorando cada vez mais no decorrer da película. É uma obra forte, densa, onde não há redenção, e que mostra o mundo como ele realmente é: insano e cruel.

Bia Borges
Enviado por Bia Borges em 27/09/2018
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