GERMINAL - ÉMILE ZOLA

Um dos grandes clássicos da literatura mundial, Germinal retrata o princípio da organização sindical da classe operária

Filho de engenheiro, Émile Zola (1840-1902) cresceu em Paris em plena Belle Époque, consagrando-se como o criador e legítimo representante da chamada escola literária naturalista francesa, cuja característica principal é a representação fiel da realidade social, sem qualquer idealização e despojada de todo juízo moral. Sua mais célebre obra – Germinal, escrita em 1885 – é considerada o primeiro romance a enfocar a luta de classes no momento de sua eclosão; contudo, permanece irresistível ao tempo já que muitos dos sofrimentos descritos continuam ecoando até os dias de hoje, guardadas as devidas proporções. As condições de vida dos mineradores retratados na obra são descritas de maneira bastante minuciosa; e não poderia ser diferente, pois o próprio autor chegou a passar dois meses trabalhando na extração de carvão com os mineiros franceses, exposto ao mesmo calor e à umidade da mina, ao trabalho “quase” escravocrata e à baixa remuneração; à fome e às condições indignas de moradia. Diante desse quadro, inevitável que um dia os mineradores se revoltassem contra a opressão a que eram submetidos, organizando uma greve geral em reivindicação a condições mais favoráveis de trabalho e sobrevivência. Claro que a manifestação é reprimida; no entanto, Germinal, que começa como uma obra de tom escuro – em alusão ao interior das minas, onde se passa a maior parte da história –, termina ensolarada, trazendo em suas páginas a esperança de que, no futuro, haveria uma nova ordem social para o mundo. Estrelado por Gérard Depardieu, o livro foi adaptado para o cinema em 1993 numa coprodução entre a França, a Bélgica e a Itália.

Fonte: Revista da FENTEC - Edição 36

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José Donizetti Morbidelli
Enviado por José Donizetti Morbidelli em 02/10/2012
Reeditado em 03/10/2012
Código do texto: T3912102
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