Jesus nos quer "Engenheiros de ideias" (p. 135), do amor e da busca e na vida pela Verdade que liberta. A pessoa dialoga com suas questões, penso eu. As obras nos ajudam fazer perguntas. Eduquece-se para isso.

Interessante a maiêutica - parto de ideias - não se faz do nada. Parte da confrontação de ideias diferentes e afins.

A síntese é um caminho longo de leituras e doxas ou opiniões antitéticas e teses aqui e alhures em pessoas, grupos e obras.

Começo pela intertextualidade de que a obra nos faz indagar sobre a vida e a realização do homem na história.

Para Alberto Manguel (2006), ainda na orelha de seu livro Uma História da Leitura, destaca o que se deseja endossar: “Ler para Viver”, Flaubert escreveu, ou, na visão de Kafka, “Ler para Fazer Perguntas”. "O ato de ler pressupõe e, simultaneamente, cria uma liberdade." (resumo da obra)

Se Flaubert e Kafka não fizessem perguntas não produziriam obras de qualidade. O gênio dialoga com suas questões, penso eu.

E fazer pergunta é uma das questões-chave da vida humana, desde remotos tempos. Augusto Cury, em O Mestre dos Mestres - Jesus, o Maior Educador da História - Análise da Inteligência de Cristo volume 1, no cap. 10 , visualiza em Jesus o homem inteligente e capaz de fazer perguntas e não se deixar embaraçar por seus adversários. As parábolas são estratégias de diálogo com as multidões e sabedoria para evangelizar e perguntar pela presença da verdade e questões relativas ao seu ministerial empenho e peregrinação de cidades e lugares para questionar a conduta dos poderosos e ajudar o povo a pensar sobre o Reino de Deus.

A arte de pensar de Jesus é sublime porque está contextualizada nos Evangelhos: "a resposta pronta esmaga a arte da pergunta." (p.131)

É preciso o clima para aprender a perguntar e fazer pensar. (Lucas 20, 2-3) tem um dos incidentes pelos quais Jesus passa: não duvidar da bondade de Deus e sua verdade. Jesus é o Caminho que conduz a Vida e à Verdade. Jo 4, 16.

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"E os doutores falaram-lhe, dizendo: - Dize-nos, com que autoridade fazes estas coisas?"

Lucas 20 - Bíblia Online - acf

https://www.bibliaonline.com.br/acf/lc/20

1 E aconteceu num daqueles dias que, estando ele ensinando o povo no templo, e anunciando o evangelho, sobrevieram os principais dos sacerdotes e os escribas com os anciãos. 2 E falaram-lhe, dizendo: Dize-nos, com que autoridade fazes estas coisas? Ou, quem é que te deu esta autoridade? 3 E, respondendo ele, disse-lhes: Também eu vos farei uma pergunta: Dizei-me pois:

O batismo de João era do céu ou dos homens?

E eles arrazoavam entre si, dizendo: Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: Então por que o não crestes?

E se dissermos: Dos homens; todo o povo nos apedrejará, pois têm por certo que João era profeta.

E responderam que não sabiam de onde era.

E Jesus lhes disse: Tampouco vos direi com que autoridade faço isto.

E começou a dizer ao povo esta parábola...

Lucas 20:3-9

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Os Seguidores do Caminho, ou seja, os Cristãos devem fazer como Jesus pensar e perguntar sobre a vontade de Deus e como agradar a Deus - evitando o mal e fazendo o bem a todos.

Jesus se revela quem ele é só aos que são de bom coração. Mas, aos hipócritas, age com prudência.

Esvaziar-se é o que Jesus fez para vir aos homens: tornou-se homem, um de nós. Para quê? Para nos ensinar a verdade. Ele nos mostrou com palavras e sinais o caminho da salvação.

Ele ensinou os apóstolos a arte de esvaziar: ouvir, internalizar a questão, compreender, analisar com cuidado antes de responder, duvidar - mas, sem fechar-se na sua verdadezinha, dialogar com o outro. Questionar o homem depois que falar sua opinião. Sair da mesmice.

Augusto Cury, argutamente, expõe o descrédito dos professores em nossa cultura, quando são heróis anônimos, pouco reconhecidos na arte sinuosa de viver. "Jesus evidencia que os mestres são insubstituíveis numa educação profunda..." (p. 133)

Entender Jesus, sua vida e obra, suas parábolas e sinais, sua escola de amor - implica superar a educação bancária (Paulo Freire) com informações prontas e "secas", com pouca relação com a vida e a histórias de cada pessoa.

Jesus a pedido do Pai Eterno - enviou-nos o Paráclito ou Consolador, o Advogado Divino - para nos ajudar a questionar e buscar a verdade, que é Jesus. Entender nosso lugar na natureza, na história e na Eternidade.

Jesus nos quer "Engenheiros de ideias" (p. 135), do amor e da busca e na vida pela "Verdade que liberta", afirmava sempre Cristo aos seus amigos.

"Jesus gostava de instigar e provocar (Lucas 10, 25-37) as plateias. Nada de passividade." (p. 135)

Fazer perguntas -iluminados pelo Espírito santo - é libertar-se do sentimento de autopiedade, culpa, "velório antes do tempo", ficar ruminando o passado - deixando de viver o presente a graça de Deus para o agora. Invista na sabedoria que vem do Alto, de Jesus. (p. 121)

Não se trata de fazer a apologia da miséria, nem a pretensão de ser ricos a todo custo, nem ficar presos a uma matemática financeira. Viver o evangelho é buscar a lógica do Reino de Jesus - perder para ganhar vida eterna, perdoar, amar de verdade, não somos feitos para o mundo, embora o mundo seja bom se formos bons... Não pagar com a mesma moeda às pessoas: o cristão vence o mal com o bem. Eis os princípios da matemática do Reino, a matemática emocional. Jesus dissera: "- Meu reino não é deste mundo."

"- Amai-vos como eu vos amei..."

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A parábola do bom samaritano

Lucas 10:25-37 - Bíblia Online - acf

https://www.bibliaonline.com.br/acf/lc/10/25-37

25 E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?

26 E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?

27 E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo....

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