Uma biografia de Santa Rita de Cássia

UMA BIOGRAFIA DE SANTA RITA DE CÁSSIA
Miguel Carqueija

Resenha da hagiografia “Santa Rita de Cássia”, por Monsenhor Luis de Marchi. Edições Paulinas, São Paulo-SP, 1979. Tradução: Lydia C. F. Da Fonseca; 11ª edição.

Conhecida como “a santa dos impossíveis” é Santa Rita de Cássia uma das mais populars santas da Itália e do mundo. Casou-se, gerou filhos, enviuvou, morreram-lhe os filhos e entrou para o convento. Nisso tudo um drama familiar que termina com a vitória da virtude.
Há na história desta santa acontecimentos de todo extraordinários como o seu nascimento tardio em Rocca Porena, em 22 de maio de 1381, o seu batismo em Santa Maria dos Pobres, Cássia (província da Perúgia, Itália). O extraordinário n caso é que seus pais, Antônio Mancini e Amata Serra, estavam casados desde (ano provável) 1339, portanto eram idosos e pouquíssima chance havia de gerarem. Sobre isso o autor observa:
“Não é inútil lembrar que os fatos aqui referidos são confirmados por historiadores diligentes e conscienciosos, e examinados com a mais escrupulosa exatidão pela autoridade suprema da Igreja e por esta sancionada” (pg. 14-15).
Criada com toda a piedade, Rita tencionava seguir a vida religiosa; para sua surpresa os pais, já bem idosos, e certamente julgando fazer o que era certo, prometeram-na em casamento a certo jovem, Paulo Fernando. Isso era muito comum naquele tempo. O autor narra o drama com grande objetividade. As súplicas de Rita, acostumada a obedecer cegamente seus pais, não puderam dar resultado por conta do caráter do “noivo”: “Mas Paulo Fernando — nessa época não se levavam em conta os nomes de família nas pessoas do povo — era homem com quem não se podia discutir nem do qual se pudesse esperar dispensa de compromisso.”
Sabe-se que Rita sofreu muito — até espancamentos — com esse marido violento e alcoólatra. Mesmo assim gerou dois filhos. Rita fazia muitas orações e pénitências e logrou a conversão de seu marido, só para vê-lo depois assassinado por desafetos.
Os dois meninos morreram em seguida levados por doenças. Rita, quando pôde, abraçou a vida religiosa.
A história de Santa Rita é fascinante, repleta de sinais extraordinários, e não é à toa que até hoje ela é tão amada pelos católicos.
Leitura recomendada com louvor.

Rio de Janeiro, 4 a 21 de janeiro de 2018.