A importância da língua latina no mundo das letras

CARDOSO, Zélia de Almeida. Iniciação ao Latim, Série Princípios 6 ed. Rio de Janeiro: Ática, 2011

Jeane Marreiros Dias

Rozângela Costa Santana

Dra. Rosângela Lemos da Silva (Orientadora)

O objeto de estudo pauta-se em divisões. No primeiro momento será enfatizado sobre a importância do idioma, a evolução e história. O Latim era uma língua falada no Lácio (latium), região da Itália central, tendo influência direta no português que por sua vez se originou do latim vulgar (sermo plebius).

Do latim vulgar para o português contemporâneo; o idioma percorreu um longo caminho e se deu com o processo de fragmentação linguística do império romano que contribuiu para a formação de diversas línguas românicas bem como o português, o francês, italiano e romeno.

A relevância do latim para nossa língua é indiscutível, pois está na raiz do português e em nosso cotidiano. Se fazendo presente em muitas áreas acadêmicas e sociais. Como em todo idioma, havia a língua gramaticalmente correta dos literatos e a língua popular falada pelo povo de pouca instrução e sem preocupação com a correção gramatical. Foi esta última que se espalhou pela Europa e, no caldeirão dos dialetos regionais, comandou a formação das línguas neolatinas, inclusive o português.

O português foi o resultado da mistura do latim com o galego, principal língua falada na região do Condado Portucalense, que hoje corresponde à região de Portugal. Foi uma das línguas derivadas que mais demorou a se formar, sendo provavelmente este o motivo de ser o português tão semelhante ao latim.

A Língua Latina passou por uma série de mudanças, iniciando pelo Latim pré-histórico, que vem antes dos registros escritos, seguido pelo Latim proto-histórico, que constava nos primeiros documentos da língua, em seguida vem o Latim arcaico, que não tem um vocabulário muito extenso e esteve presente em alguns textos literários. O Latim Clássico é “pai” de grandes obras literárias e sua língua é bastante erudita. O Latim Vulgar foi o falado pela maioria, ou seja, pelas classes mais baixas. Finalizando com o Latim pós-clássico, uma junção do quarto e quinto.

Na segunda parte do estudo pauta-se classificações tipológicas do latim (léxico, formação das palavras, sistema fonético latino)

Classificação tipológica são as características estruturais da língua não só levando em conta os critérios genealógicos e geográficos, nesse caso o latim é classificado como línguas flexíveis ou flexionais onde podem ser acrescentados morfemas de categorias variáveis (gênero, número, caso, grau, etc.).

Também as línguas se dão por formação de novas palavras as chamadas empréstimos estrangeiros por derivação, (processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente, chamada primitiva) e por composição (é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais radicais).

Quanto ao sistema fonético latino o alfabeto latino passou por algumas linhas até tornar-se tal. Alguns conjuntos de letras que eram utilizados ainda são na Língua Portuguesa, adicionando nesta k, w, y.

Os sons correspondentes às letras do alfabeto usado no Brasil são praticamente os mesmos do alfabeto latino. As poucas diferenças que existem entre um e outro são, por exemplo, posições vocálicas, ou seja, na língua falada neste país, tende-se a pronunciar “u” palavras que terminam em “o”; belo = bélu; já no latim, o “o” tem som de “o”.

Quando se fala da Língua Portuguesa, vale ressaltar que esta difere-se no Brasil e em Portugal. Neste último, assim como no espanhol, algumas consoantes foram mantidas igualmente e originalmente ao latim.

Verifica-se que os estudiosos tratavam de mostrar que o estudo da língua latina é essencial para um correto conhecimento da língua portuguesa e para uma ampla explanação sobre os fenômenos linguísticos, além de ajudar na aprendizagem de outras línguas. O estudo da língua latina desenvolve as capacidades de análise e de raciocínio, ensina a escrever mais corretamente a nossa língua, enriquece o vocabulário, ajuda na compreensão de qualquer texto em língua materna. É, realmente, uma base importante e essencial.

Afirma-se que a autora da obra é professora titular de língua e literatura latina do departamento de filosofia, letras e ciências humanas da universidade ao estudar a origem da Língua Portuguesa, é indispensável o estudo comparativo e as relações semânticas e gramaticais entre a língua falada divulgada pelo Império Romano durante seu período expansionista, e, principalmente, tentar compreender como uma modalidade da língua utilizada pelas classes mais baixas da sociedade acabou por se tornar um verdadeiro divisor de águas para a criação de diversos outros idiomas que dividem a mesma raiz ou língua mãe.

rozangelacosta e Jeane Marreiros Dias
Enviado por rozangelacosta em 18/05/2018
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