TERRITÓRIO SEM FRONTEIRAS por Deborah Hale, resenha

TERRITÓRIO SEM FRONTEIRAS por Deborah Hale, resenha
Miguel Carqueija


Editora Nova Cultural, São Paulo-SP, 2002. Título original: “Whitefeather woman – Montana mavericks” (literalmente “mulher de pele branca” e “mavericks de Montana”; o termo “maverick”, referente a um personagem do Texas, Samuel Augustus Maverick, do século XIX, e ganhou uma conotação de pessoa empreendedora, com ideias próprias). Harlequim Books S.A., Toronto, Canadá. 2001. Tradução: Paula Andrade. Romances Nova Cultural, 154.

Antigamente esse tipo de obra era conhecida como “romance para moças”. Hoje chama-se apenas “romance de amor”. Explica-se: o sexo, antes ausente, costuma aparecer.
Esses romances, que eu conheço pouco, costumavam ser edificantes, caracteristica prejudicada pela introdução do sexo extra-conjugal e pré-conjugal, antes ausente. O final feliz, róseo, porém, continua aparecendo. O clichê comum é mostrar uma mulher e um homem que aparentemente não combinam mas acabam se aproximando; entretanto, por razões psicológicas e mal-entendidos ocorre a desconfiança mútua, que tem de ser superada, e no fim tudo dá certo.
Esta é, sem tirar nem por, a fórmula desta obra, bm escrita por Deborah Hale mas despretensiosa. Em 1897 Jane Harris, que mora em Boston, fugindo de um noivo violento — vilão que não aparece, só é mencionado pelo livro inteiro — vai parar no Oeste norte-americano, em Montana, à procura de um emprego. Conhece John Pena-Branca, um índio “cheyenne” que trabalha no rancho da irmã e do cunhado, ela índia e ele branco. A continuação da história é convencional, mas há público para essas novelas que exploram a psicologia do amor — especialmente nas mulheres.

Rio de Janeiro, 27 de junho de 2018.