Triste fim de Policarpo Quaresma

Esse romance é escrito por Lima Barreto, onde o seu cenário era a cidade do Rio de janeiro, final do século XIX e início do século XX, época em que despontava a República. O seu protagonista era conhecido como Major policarpo Quaresma, sujeito totalmente apaixonado pelo Brasil e defensor ferrenho do Marechal Floriano.
Policarpo de tão patriota que era, queria ser soldado para servir sua Pátria Gentil, mas por obra do destino, sabe-se lá, foi reprovado nos exames e o seu sonho fora esvaído, sendo assim, teve que se contentar sendo subsecretário do Arsenal de Guerra.
Era extremamente metódico e todos os dias chegava em sua casa exatamente às quatro horas e quinze minutos. Isso somado ao seu excessivo patriotismo, acaba servindo de deboche para os seus vizinhos. Se tivesse um livro, que servisse para aumentar esse sonho patriótico, tratava logo de comprar.
Policarpo naquela época, acreditava piamente em sua nação, e que se ela fosse bem administrada, com certeza seria uma grande potência, que sobressairia até mesmo sobre a Inglaterra.
Achando que a música, pudesse aproximar mais dos seus ideais patrióticos, fez amizade e procurou estudar violão com seu amigo Ricardo Coração dos Outros.
Tudo começou a desmoronar quando, passou a estudar o idioma tupi-guarani, apaixonando-se por esse dialeto, e achando que ele realmente representava o povo brasileiro, levou até o Congresso Nacional, um documento exigindo que essa língua indígena, fosse sim a língua oficial do país, tornando-se objeto de zombaria, escárnio e ironia.
Por causa dessa atitude, acaba sendo entregue ao hospício, sendo visitado somente pela família do general seu vizinho e por seu amigo Ricardo Coração de Leão.
Depois de ter passado um bom tempo nessa casa de saúde, saíra e fora morar mais afastado da cidade num sítio cujo nome era Sossego. Lá tentou implementar uma reforma agrícola, mas devido a formigas, seu projeto fracassou.
Com a Revolta da Armada, insurreição liderada pelos marinheiros, Policarpo voltara para o Rio de Janeiro, alistando-se em defesa do Marechal Floriano.
Num belo dia um emissário do governo, escolhe aleatoriamente doze condenados, que são levados pela escolta para fuzilamento. Policarpo indignado, o major escreve para Floriano, denunciando tal atrocidade. Essa atitude é encarada por Floriano, o mesmo que muitas vezes era defendido por Policarpo, como traição, sendo o mesmo, enviado à Ilha das cobras, sendo condenado à morte.
Seu amigo Ricardo Coração dos Outros, tentou ainda salvá-lo, buscando socorro com as pessoas que convivera com Policarpo, sendo apenas Olga sua afilhada, que teve disposição, para juntamente com Ricardo buscar algo que pudesse salvar o amigo Policarpo Quaresma, infelizmente de nada adiantara. O destino do major estava traçado e certamente seria a morte.
 
ISBN – 978-85-01-05419-7
Sétima edição
Record, Rio de Janeiro, 2008
240 páginas

 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 22/08/2019
Código do texto: T6726851
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