A opção terra: A solução para terra não cai do céu

FICHAMENTO 2017

A opção terra: A solução para terra não cai do céu

Leonardo Boff, rio de janeiro: record, 2009

Em primeiro lugar, havia a fonte originaria de todo o ser, aquele transfundo inominável e abissal de energia que subjaz ao universo e a cada um dos seres existentes.”

“Em segundo lugar, desse fundo misterioso de energia, surgiu um ponto infinitamente pequeno, mas bastante denso e incomensuravelmente quente. Nele tudo estava como que comprimido: energia, matéria, informação, espaço, tempo e os seres que posteriormente foram emergindo ao longo da evolução.”(P.20)

“Em terceiro lugar, após milhões e milhões de anos aqueles gás inicial foi se condensando. Formou-se grandes estrelas vermelhas. Elas funcionam como fornalhas, pois dentro de seu interior, em permanentes ebulição e explosões atômicas, surgiram os principais elementos químico-fisíco que conhecemos pela escala periódica de Mendeleiev.”

“Em quarto lugar, com a explosão formara-se no universo, de forma irregular, incomensuráveis nuvens de gás. Estas pela força da gravidade foram se condensando e deram origem a cerca de 10 milhões de galáxias e conglomerados de galáxias cada qual com cerca de bilhões de estrelas. A nossa se chama via láctea, que possui 10 mil anos luz de extensão.”

“Em quinto lugar, uma desses estrelas é considerada especial, pois representa nossa vó cósmica, nosso primeiro sol. Em seu seio se formaram os elementos restantes, como oxigênio súlfur, que estão na base da vida, fosforo que torna possível a fotossíntese, o carbono e o nitrogênio, fundamentais para as combinações que estrutura a vida, a informação genética, a memoria e a consciência reflexiva. Sem o sacrifício de sua existência nosso sistema solar, a terra e nossa vida seria impossível.”

“Em sexto lugar, a enorme nuvem de gás que se derivou dela, cheia de detritos de todos os tamanhos foi se densificando até forma uma esplendida estrela. Nascia o sol rei dos sistema solar, a 5 bilhões de anos.”(p21e22)

“ Avançando e se complexando mais, dentro de nossa galáxia, do sistema solar do planeta terra, a vida deu um salto rumo a consciência. Surge a vida humana com inteligência, amorosidade, cuidado, sinergia e percepção da ultima realidade. Isso ocorreu por volta de 7 bilhões de anos atrás.” (P.23)

“A terra conheceu 15 grandes extinções em massa de espécies de vida. Duas são destacada pelo fato de teres reorganizado totalmente os ecossistemas da terra e no mar.”

“A terra demorou 10 milhões de anos para se refaze em sua incontável biodiversidade. Mas como Gaia um super organismo vivo, ele mostrou grande resiliência, quer dizer capacidades de suporta impactos e de fazer das catástrofes oportunidades de revelar novas formas de vida e de novos rearranjos no ecossistemas” (p.25)

“[...] depois de cada extinção houve uma nova gênese. Como a inteligência esta primeiro no universo e depois em nós, podemos suporta que ela irá continuar em outros seres que terão, oxalá melhor comportamento que nós. “(p.26)

“Uma vez surgidos na evolução, começa a dispersão dos seres humanos. Da África eles se espalharam para a Eurásia, para o oriente, para as Américas, e chegaram finalmente a Oceania, e a polinésia. No final do paleolítico superior, cerca de 40 mil anos atrás já ocuparam todo o planeta e as populações chegaram a um milhão de pessoas.”

“A parti de nossa era formaram-se as nações modernas, com fronteiras separadas umas das outras e que guerreavam com frequência. No século XVII inicia-se a revolução indústria que modificou a relação do homem com a natureza, que passou a sujeita-la a seus interesses sem considera o valor intrínsecos e a autonomia de seus destinos e seres sua relacionalidade com os demais. Culmina com a cultura da informação, com a tecnificação das relações sociais, com a revolução atômica e cibernética contemporâneas, e ultimamente um novo tipo de tecnologia que poderá revolucionar tudo, a nanotecnologia.”(p33 e 34)

“Nesta fase, o ser humano constrói o principio de destruição. Ele se mostra não apenas Sapiens sapiens, ele comparece também como Demens demens já ocupou 85% da superfície do planeta, ameaça todos os equilíbrio e todos e todas as espécies apresentando-se como em alguns casos como o satã da vida.”

“Os seres humanos, a pesar de seus enraizamento terrenal, em culturas estados nações, nunca deixaram de migra ao largo e ao longo do caminho.”

“Não existe raça muito menos raça pura. Todos somos africanos porque da África nos originamos. ” (p 34)

“Mais e mais se difunde a convicção, no ocidente sem ser exclusivamente ocidental, portanto é humana de que cada pessoa e sagrada (res sacra homo) é sujeito de dignidade. É um fim em si mesmo e jamais pode ser rebaixado para qualquer coisa.”

“Em nome desta dignidade se codificara os direitos, pessoais, sociais e ecológicos.” A democracia como direito universal a ser vivido em todas as instancias humanas, na família, escola, comunidades formas de governo e nos movimentos, penetra lentamente na visões politicas mundiais.” (38)

“Um consenso mínimo para a ética global se concentra na humanitas (humanidade) da qual todos e cada um somos portadores. Mais dos que uma conceito a humanitas e um sentimento profundo de que somos irmãos e irmãs, temos uma origem, possuímos a mesma natureza físico-quimica-bio-social-cultural e espiritual e participamos de um mesmo destino.”

“A era da globalização não ganhou ainda hegemonia. Mas seus ingredientes são identificáveis e estão fermentando a massa da história e as consequências.” (p.39)

“Lentamente esta irrompendo uma nova era, caracterizada por um novo acordo de respeito, veneração e mútua colaboração entre terra e humanidade. É a era da ecologia integral e da razão cordial.” (p.40)

“ Apesar dos obstáculos da idade de ferro da globalização, estão ocorrendo significativas mudanças no seio da humanidade, em todos aqueles que já não aceitam serem reféns de um paradigma desumanizador e destruidor do horizonte de bem aventurança. De forma alternativa se comprometem a fazer revolução moleculares a parti de si mesmo, de baixo para cima em grupos, irradiando, segundo o efeito borboleta positivo, sobre o curso da sociedade.” (p.42)

“ Assevera J.E.Loverlock: definimos a terra como Gaia, porque ele se apresenta como uma entidade complexa que abrange a biosfera, atmosfera oceanos e solos. Na sua totalidade esses elementos constituem um sistema cibernético ou de realimentação que procura um meio físico e químico ótimo para esse planeta.”(Gaia,1989,27) (p.53)

“Assim como as células constituem as partes de um órgão e cada órgão as partes de um corpo, assim como cada ser vivo é parte de um ecossistema, como cada ecossistema é parte do sistema-terra, que é parte do sistema sol, que é parte do sistema Via-Láctea, que é parte do sistema cósmico. O sistema Gaia revela-se extremamente complexo e de profunda clarividência. Somente uma inteligência ordenadora seria capaz de calibra todos esses fatores. Isso nos remete a uma inteligência que excede em muito a nossa. Reconhecer tal fato é um ato de razão e não significa renunciar a nossa própria razão. Significa sim rendesse a humildade a uma inteligência mais sabia e soberana que a nossa.” (P.55)

“A hipótese Gaia mostra a grande plausibilidade e encontra um crescente consenso tanto na atividade cientifica quando quanto na atmosfera cultural. Ela confere plasticidade a uma das mais fascinantes descobertas do século XX, a profunda unidade e harmonia do universo. A física quântica fala de um campo unificado onde interagem as quatro forças primordiais ( a gravitacional, as nucleares fortes e fracas e a eletromagnética). E a biologia se refere ao campo filogenético unificado, já que o código genético e comum a todos os viventes. Ela traduz uma esplendia uma visão filosófica-religiosa que subjaz o discurso ecológico.”

“Esta visão sustenta que o universo é constituído por uma imensa teia de relações de tal forma que cada um vive um para o outro; que o ser humano é um no de relações voltado para todas as direções, e que a própria divindade se revela como uma realidade panrelacional.” (59)

“Ter esquecido nossa união com a terra foi um equivoco do racionalismo e do reducionismo cientifico em todas as suas formas de expressão. Ele gerou uma ruptura com a mãe.” Deu origem ao antropocentrismo, na ilusão de que pelo fato de pensamos a terra podemos intervir em seus ciclos, podemos nos colocar sobre ela para domina-la e para dispor dela a nosso bel prazer.” (p.61)

“A consciência coletiva incorpora mais e mais a ideia e o valor de que o planeta terra é a nossa casa é a única que temos importa, por isso cuida dela, torna-la habitável para todos, conserva-la em sua generosidade preserva-la em sua integridade e esplendor. A partir disso pode nascer um ethos mundial compartilhado por todos, capaz de unir seres humanos para além de suas diferença culturais, fazendo-os se sentir de fato como filhos e filhas da terra que amamos e respeitamos como sua própria mãe.” (p.64)

A ameaça que pesa sobre a terra

“A crise significa a quebra de uma concepção de mundo. O que na consciência coletiva era evidente, agora é posto em discursão. Qual era a concepção do mundo indiscutível? Que tudo deve gira ao redor da ideia de progresso e de desenvolvimento. E que esse desenvolvimento se move entre dois infinitos: infinito das recursos da terra e infinito do futuro. Pensava-se que a terra era inesgotável e poderíamos progredir indefinidamente na direção ao futuro. Os dois infinitos são ilusórios.” (p.73)

“Precisamos de um novo paradigma de civilização porque o atual chegou ao seu fim e exauriu suas possibilidades. Temos que chegar a um consenso sobre novos valores.”

“Haverá sabedoria suficiente na humanidade, vontade politica dos chefes de estado e sentido ético dos executivos das grandes corações internacionais para começar imediatamente uma nova economia politica um novo modo sustentável de viver coletivamente que salve a terra e a humanidade?” (p.76e77)

“O desaparecimento do ser humano seria a condição da terra poder subsisti, manter sua capacidade vital de coevoluir com toda sua integridade.”

Como se deve pensar essa possibilidade do ser humano não esta mais sobre a terra? Essa questão merece um tratamento mais detalhado. (p.81)

Pode o ser humano desaparecer? reflexões filosóficas e teológicas

“Entre tantas espécies que desaparecem por ano, não poderá esta a espécie homo sapiens/demens? Dessa vez tudo indica que seu desaparecimento se deve a um processo natura da evolução, mas da causa derivadas de suas praticas irresponsável, destituída de cuidados e sabedoria face ao conjunto do sistema da vida e do sistema gaia.” (p.86)

“Theodore Monod, talvez o ultimo grande naturalista contemporâneo, deixou como testamento um texto de reflexão com esse titulo: “E se a aventura humana vier a falhar? (2000, 246, 248). Assevera: “Somos capazes de uma conduta insensata e demente, pode-se a parti de agora temer tudo, tudo mesmo, inclusive a aniquilação da raça humana” (p.246). E acrescenta: “seria o justo preço de nossas loucuras e de nossas crueldades”. Se olharmos a crise social mundial e o crescente alarme ecológico, esse cenário de horror não é impensável.” (p.87)

“Logico precisamos ter paciência com o ser humano. Ele não esta pronto ainda. Ainda tem muito a aprender em relação ao tempo cósmico possui menos de um minuto de vida. Mas com ele a evolução deu um salto, de inconsciente se fez consciente. E com a consciência pode decidir que destino quer pra si. Nesta perspectiva, a situação atual representa antes um desafio que um desastre possível, a travessia para uma ordem mais alta e não fatalmente um mergulho na autodestruição. Estaríamos protos para um senário de crise e não de tragédia.”

“A evolução não e linear e conhece frequentes rupturas e saltos quânticos para cima decorrente de maior complexidade. Existe um caráter indeterminado e flutuante de todas as energias e de toda a matéria, consonante segundo a física quântica de W. Heisenberg e N. Bohr. Por isso nada impede que ocorra de um novo patamar de emergência e de vida humana que salvaguarde a biosfera e o planeta terra.”(p.89)

“Na hipótese de que o ser humano venha a desaparecer como espécie, mesmo assim o principio de inteligibilidade e de amorização ficaria preservado. Primeiro no universo depois nos seres humanos. Esse principio é tão ancestral quanto o universo. Ao desaparece em sua expressão humana, isso emergiria, um dia, quem sabe em milhões de anos de evolução, em algum ser também altamente complexo.”

“Mas importa mostra amor à vida em sua majestática, ter compaixão com todos que sofrem realizar rapidamente a justiça necessária e amar a grande mãe terra.” (P.91e 92)

“Custa-me pensar que nosso destino, depois de milhões de anos de evolução termine assim miseravelmente na próximas gerações. Haverá um salto, quem sabe, na direção daquilo que já em 1933 Pierre Teilhard de Chardin anuciava: a irrupção da noosfera, vale dizer, aquele estado de consciência e de relação com a natureza que inaugurara uma nova convergência de mentes e corações e assim um novo patamar da evolução humana e da historia da terra.”

“O que importa dizer e que não acaba o mundo, mas sim pode acabar esse tipo de mundo insensato que ama a guerra e a destruição em massa.” (p94.95)

A opção terra e a urgente ecologia

“Face as ameaças que pesam sobre a terra e o risco do desaparecimento da espécie humana, sentimos a urgência de fazermos a opção pela terra e pela humanidade. Essa preocupação é fundamental e torna todos as demais não irrelevantes, mas relativas ,quer dizer, a ela relacionada.” (p.99)

“Neste contesto dramático a ecologia esta sendo como nunca foi antes. Agora ela passou das universidades para as ruas: é uma preocupações politicas fundamentais da humanidade, ocupa a cena ideologia, cientifica, ética e espiritual. Somente, assumindo as exigências da ecologia, em seu sentido amplo, poderemos fazer frente ao desafios que nos vem do aquecimento global e da crise que se abateu sobre todo o sistema terra.” (P.100)

“Portanto a ecologia das relações, interconexões, interdependências e intercâmbios de tudo com tudo em todos os pontos e em todos os momentos. Nesta perspectiva, a ecologia não pode ser definida em si mesma, fora de suas implicações com outros saberes. Ela não é saber de objeto de conhecimento, mas um saber de relações entre os vários objetos de conhecimento. Ela é um saber de saberes, relacionados entre si.” (101)

“A singularidade do saber ecológico consiste na transversalidade, quer dizer, no relacionar pelos lados (comunidade ecológica), para frente (futuro) e para trás (passado) e para dentro (complexidade), todas as experiências e formas de compreensão como complementares e uteis no nosso conhecimento universo, nossa funcionalidade dentro dele e na solidariedade cósmica que nos une a todos.” (102)

“A parti da ética de responsabilidade e de cuidado para com a criação, a ecologia deixou o seu primeiro estagio na forma de movimento verde ou de proteção conservação de espécies em extinção. Transformou-se numa critica radical do tipo de civilização que construímos(concilium5, 1995).” (p.103)

“A evolução da ecologia pretende ser uma via de resgate de redenção. Como sobreviver juntos, seres humanos e meio ambiente, pois temos uma mesma origem um mesmo destino comum? Como salvaguarda o criador em justiça, participação, integridade paz?” (104)

“Como vemos, ocupa-se com o meio ambiente é preocupar-se com o futuro da terra e da vida. Não podemos maltratar Gaia da forma que estamos fazendo. Se continuarmos assim, ela poderá nos expulsar como se expulsa uma célula cancerígena.” (107)

“Devemos considera também a ecologia social e politica. Esse tipo de ecologia analisa as formas como cada sociedade se relaciona com a natureza, como utiliza os recursos e serviços, com seu modo de produção e seus padrões de consumo, sobre que forma os cidadão participam ou não dos beneficio naturais e culturais, como tratam os resíduos que, faz para dar descanso a terra e como garantes a regeração dos recursos escassos para assegura o futuro para si e para as gerações que viram depois da nossa.” (108) (boff,2009)

“Que tipo de sustentabilidade teria então a sociedade, os ecossistemas as pessoas e o próprio desenvolvimento econômico e desenvolvimento?”

“Sustentável seria aquele crescimento econômico e desenvolvimento social que se fizessem de acorde com a comunidade de vida que produz conforme a capacidade do bioma, que atendesse com equidade as demandas de nossa geração sem sacrificar o capital natural, e que estivesse aberto as demandas das gerações futuras.”

“Precisamos de uma imaginação criadora projetes mundos ainda ensaiados mas possíveis, não como uma única formula ou solução mas com varia alternativas e soluções cabíveis para isso fazer mister um pensamento poliédrico que valorize as varias dimensões da complexidade, que entenda os conhecimentos humanos como verdades aproximativas que se compõem e se complementam com outras vindas de outras experiências e culturas” (Novo, 2006, 152 . 240 ). (p.111)

“Numa palavra, precisamos então de outro padrão civilizatório. Mas do que um desenvolvimento sustentável, precisamos de uma terra sustentável, de uma natureza sustentável, de vida humanas sustentáveis e especialmente de uma sociedade ecologicamente sustentável. O que é uma sociedade sustentável?” (p.112)

“Uma sociedade só pode ser considerada se ela mesma, por seu trabalho e produção, se torna mais e mais autônoma; se tiver superado níveis agudos de pobreza ou tiver condições de diminui-la; se seus cidadãos puderem trabalhar decentemente, se a seguridade social for garantida para os aposentados, para aqueles que são demasiadamente jovens ou idosos ou doentes e, por isso não podem ingressar no mercado de trabalho; se a igualdade social e politica, também de gênero, se for reduzida a níveis acetáveis; por fim, uma sociedade e sustentáveis se seus cidadãos socialmente participativos e destarde puderam contribuir para uma democracia socioambiental, aberta a continuas melhorias.”(p.113)

“Tão importante quanto a ecologia ambiental, social e politica é a ecologia mental (gribbin,2004;Fox,1991,Mc Daniel,1995) ela se ocupa da mente e o que ocorre dentro dela. Também considera o tipo de imaginário existente, os valores e as visão que as sociedades projetam.”

[...] Ao mudarmos nossa mente e nosso coração, estamos criando as bases para a construção de uma sociedade humana na qual o uso racional dos recursos, o cuidado e os resíduos e a preservação do meio ambiente estejam em sintonia fina e num equilíbrio saudável com a consciência coletiva da população.” (114)

“A ecologia integral procura ir além da ecologia ambiental, sociopolítica e mental. Ela da conta de que a terra e nossa mãe, não é tudo. Ela esta inserida e é parte de um grandioso processo evolutivo que começou a 13,7 bilhões de anos quando ocorreu aquela incomensurável explosão de Big Bang.”

“A ecologia integral procura entender a terra, as energias cósmicas que nos alimentam e sustentam dentro do imenso processo de evolução que ainda esta em curso.” (P.119)

A ecologia integral procura acostumar o ser humano com essa visão global e holística. O holismo significa a capitação da totalidade orgânica, una e diversa em suas partes, mas sempre articuladas entre si dentro da totalidade e constituindo uma totalidade. Na parte esta o todo, e o todo se compõem de articulação de todas as partes. (P.120)

“A parti dessa visão verdadeiramente integral, compreendemos melhor o ambiente e a forma de trata-lo com respeito o objeto da ecologia ambiental. Aprendemos as dimensões da ecologia sociopolítica responsável pela sustentabilidade da terra e dos ecossistemas dos quais dependem nossa sobrevivência pessoal e coletiva. Damo-nos conta da urgência da ecologia mental que nos ajuda a supera o inveterado antropocêntrico em favor de um cosmocentrismo biocentrismo. Por fim pela ecologia integral captamos a importância de integra a terra e o ser humano como todo, de descobrir as conexões que ligam e religam todos os seres, a matéria a vida, o espirito e o mundo, Deus e o universo.” (P.122)

Um novo paradigma de civilização

“A opção pela terra nos obriga a entra num processo de mudança de paradigma. Essa mudança precisa ter um caráter de complexidade, e por isso ser dialética, vale dizer, assumir tudo que e assimilável e benéfico do paradigma de modernidade inserido dentro do outro diferente, mais globalizante e integrador”.

[...] Paradigma como maneira organizada, sistemática e correntes de nos relacionarmos conosco e com todo o resto a nossa volta. Trata-se de modelos e padrões de apreciação, de explicação e de ação sobre a realidade circundante. O paradigma estabelece as relações logicas entre todas estas instancias, pois elas, por mais dispares que sejam, estão todas interconectadas. (p.133e134)

“Nossa ciência moderna começou a negar a legitimidade de outras formas de diálogos com a natureza como o senso comum o saber ancestral dos povos primitivos, a magia e a alquimia. Chegou ate negar a própria natureza ao desconhece-lhes a complexidade por supor que ela seria uma mera maquina, regida por pequenos números de leis simples e imutáveis” (Newton e também Einstein). (p135)

“Nossa interação com o universo não se faz apenas pela via experimental da tecnociência faz-se também no dialogo e apropriação de outras formas de acesso a natureza. Todas as versões que as culturas deram de seus caminho para o mundo podem nos ajudar a conhecer mais e preserva melhor a nós mesmos e ao habitat. Surge assim o sentido de complementariedade e renuncia do monopólio do modo moderno de decifra o mundo que nos cerca. ”

“O pensamento da complexidade procura esta atento a todas essas conexões. “

“Nossa maneira de acesso ao real não é único. Somos um momento de um imenso processo de interação universal que já se verifica entre energias mais primitivas, nos primeiros momentos após o Big Bang, ate nos códigos mais sofisticados do cérebro humano.” (p.136)

“A logica da complementariedade/reciprocidade funcionam em todos os graus que valorizam as diferentes oposições dialéticas, a escuta atenta das varias posições e acolhem as contribuições de onde quer que venham. E pela logica da complementariedade/reciprocidades que se estabelecem relações criativas entre os sexos, etnias, ideologias, as religiões e se valorizam os diferentes ecossistemas no mesmo nicho ecológico. É o sistema do ganha ganha e não do ganha perde todos contribuem e, eventualmente, todos renunciam a algo para chegar a um consenso que engloba todos.”

“A complexidade exige outro tipo de racionalidade e de ciência. A ciência clássica se orienta pelo paradigma da redução e da simplificação.” (p.146)

Uma nova ética planetária

“Estamos fase a uma tragédia ou uma crise? Lendo varias advertência referidas anteriormente, parece que estamos indo ao encontro de uma tragédia. Ela não e improvável mas não precisa ser fatal.”

“Suspeitamos que a grande maioria dos cavalheiros da triste mensagem se move ainda dentro do paradigma da ciência moderna, que é linear, redutivista e também materialista. Ela obedece a logica da causa e efeito. As causas das tal crise ecológica teria um efeito trágico.”

“A situação muda completamente de figura quando assumimos o paradigma contemporâneo, exposto por nos anteriormente, aquele que se articula a parti da nova física quântica. A natureza do universo não é linear mas complexa. Tal fato é bem exemplificado pelo chamado efeito borboleta.” (p.166)

“A metáfora da borboleta é sugestiva pelo fato de ser pequena e com força insignificante, mas com potencial de transformação muito grande. Transportando essa metáfora, positivamente para o campo social, visa-se enfatizar a importância das transformações aparentemente pequenas que as pessoas individuais e os pequenos grupos vão introduzindo no sistema.”

“O efeito borboleta positivo esta ocorrendo pelo mundo afora, provocado por jovens, mulheres, grupos alternativos, cientistas, artistas e religiosos, grandes empresas movidas pelo espirito de cooperação, de solidariedade de paixão e de cuidado. Eles incrementam as forças que favorece a mudanças de paradigma e, por isso de mundo.”(p.167)

“Alimentemos a convicção e a esperança de que outras relações para com a terra e possível, em maior harmonia com os ciclos e respeitando seus limites.”

“Dê credibilidade ao coração, a sensibilidade, ao afeto, a compaixão e ao amor, pois sem eles não vamos nos mobilizar para salvar a terra e seus ecossistemas.”

“Dê valor a biodiversidade, quer dizer, a cada ser vivo ou inerte, pois ele tem valor em si mesmo e ocupa seu lugar no Todo; a biodiversidade que garante a vida como um todo, pois propicia a cooperação de todos com todos em vista da sobrevivência comum.” (p,204)

“Valorize as virtualidades contidas no pequeno e no que vem de baixo, pois ai podem estar contidas soluções globais, bem expressas pelo efeito borboleta positivo.”

“Quando estiver confuso e não enxergamos mais o horizonte confie na imaginação criativa, pois ela contem as respostas contidas para as nossas perplexidades.” (p.205)