SER HUMANO
Perdão, ó deusa, por eu ser humano,
Não podendo subir ao seu castelo
Onde recebe amigos de alto plano
E dita, dos humanos, o libelo!
Eu sou apenas poeta bem singelo,
Não tenho sangue azul nem sou romano.
Perdão, ó deusa, por eu ser humano,
Não podendo subir ao seu castelo.
O meu mundo é modesto, quase insano,
Na Terra entre a bigorna e o vil martelo.
Não tenho inteligência e brilho ufano,
Não buscarei mais seu reinado belo...
Perdão, ó deusa, por eu ser humano!...