Sumiço

Será que devo esperar-te mais um pouco,
se nunca falaste, sequer, em voltar?
Já faz um tempo que sumiste e tampouco,
Nunca mandaste uma missiva a este lar.

Todos os dias caio neste mundo louco,
A buscar o pão para teus filhos alimentar.
Será que devo esperar-te mais um pouco,
se nunca falaste, sequer, em voltar?

Hoje, o caçula pegou gripe e ficou mouco,
E em alta febre debateu-se a delirar.
Me indagou num fio de voz, um tanto rouco:
Mamãe, cadê papai e oande é que ele estar?
Será que devo esperar-te mais um pouco?

Edith Lobato

Meu Blog: Matizes da Alma

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