No meu solar
 
No meu solar, senhor, a solidão,
Escava minhas dores, vãs feridas.
Ganhadas pelos trilhos dessas lidas,
Em dias de cansaço, de ilusão.
 
Eu clamo, choro e até peço guaridas,
Por entre as sombras feitas de algodão.
No meu solar, senhor, a solidão,
Escava minhas dores, vãs feridas.
 
O preço é alto e já meu coração,
Não quer mais caminhar em cegas bridas.
E luta, finca os pés nesse rincão,
De máscaras e faces transvestidas.
No meu solar, senhor, a solidão!