MOMENTO

Quero ser lembrança enquanto memória;

Amar por amar, tanto faz, nem sei mais...

Só imagino o como se ele passasse por mim;

Sem dizer para onde vai, e o porquê do ir-se.

Às vezes, eu penso que vivo num mundo distópico;

Onde traduzo-me no hoje, um ontem pelo agora;

Sem ter certeza do que nada me faz mais falta;

Se estou vestido de cores que a brisa leva num sopro.

E, como percebo a imaginação do meu cérebro sorrindo;

Gargalho por nada ter-me em sã consciência um passar...

Como se eu fosse o sempre passageiro a embarcar no tempo;

Que não se desfaz, porém, deixa ceguelas de uma vida roubada;

Pela cegueira de uma memória que ainda estar caminhando.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 26/07/2020
Código do texto: T7017761
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