Dona Baronesa

Sinopse
EXT. FIM DE TARDE. CASA DO SENHOR INÁCIO. Jesuino entra esbaforido no escritório de sinhozinho Inácio. O chapéu na mão, a cara amarela e meio desbotada do sol. Inácio, concentrado no pito do charuto, se assusta e ralha com pobre. Inácio, desarvorado Mas que desgraça é essa, Jesuino? Parece um boi desembestado. Enlouqueceu de entrar aqui assim, homem? Jesuino Patrão, me desculpe, mas vim assim que cumprida a ordem do sozinho. Inácio, franzindo a testa Mas que ordem, homem de Deus? Jesuíno Oxe, patrão, não se alembra? O senhor pediu que eu botasse o zoio sobre a dona Baronesa e não tirasse até que dela tudo soubesse. Inácio Se inclinando na cadeira, pitando o charuto. Ah foi? Apois, eu não me lembrava mais não. Mas que informações você tem, desgrancença? Desembuche de uma vez. Jesuíno Se achegou mais a mesa de Inácio, Jesuíno inclinou-se para sussurrar qualquer coisa. Inácio apurou o ouvido. Meu senhor, estive sabendo lá na cidade que seu barão embarcou para a terra dos pés juntos. Morreu o infeliz na noite de sexta. Inácio Morreu? Oxente, mas soube que gozava de boa saúde. Jesuíno Richa de Jogo, patrão. Um cabra lhe rasgou o bucho de cima a baixo. Só poupou a cara para não ficar feio no cachão, num sabe. Inácio Inácio suspirou com um misto de ânimo e pesar Pobre da Baronesa... Jesuíno Tem mais coisa, patrão. Parece que o barão deixou um não sei quanto de dívidas, inclusive colocou a fazenda a pique. Inácio Não deixou nadinha nadinha? Jesuíno Nada nadinha, patrão. A não s
Autor:
Pedra do Reino
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Enviado por:
Pedra do Reino
Enviado em:
23/11/2019
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