NA PERMUTA DO TEMPO

 
Em noites radiantes és lua cheia
e vives  a magia das madrugadas.
Sou a luz campestre do sol que ponteia
recolhendo as cores das alvoradas.
 
Temos os corpos sempre em desencontro,
afastados pelo pontear da hora.
Alma em eclipse quer luz-reencontro
para calar a solidão do agora!
 
Mas, olhares distantes não mais alcançam
a fé perdida, na permuta do tempo!
No vento que balança, sonhos se lançam...
 
Barcos soltos, no cais do esquecimento,
que no sopro outonal, não se encantam
com as ondas, versejando sentimento...
 
 
 
20/05/2008

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 28/05/2008
Reeditado em 21/10/2009
Código do texto: T1008812