NA PERMUTA DO TEMPO
Em noites radiantes és lua cheia
e vives a magia das madrugadas.
Sou a luz campestre do sol que ponteia
recolhendo as cores das alvoradas.
Temos os corpos sempre em desencontro,
afastados pelo pontear da hora.
Alma em eclipse quer luz-reencontro
para calar a solidão do agora!
Mas, olhares distantes não mais alcançam
a fé perdida, na permuta do tempo!
No vento que balança, sonhos se lançam...
Barcos soltos, no cais do esquecimento,
que no sopro outonal, não se encantam
com as ondas, versejando sentimento...
20/05/2008