MURMÚRIOS

 
 
Vagam pensamentos em estradas tantas,
amordaço gritos que domam o peito.
Às vezes, fujo para as margens santas
e durmo na asa do sonho desfeito...
 
Corpo cansado do silente caminho
evitando curvas na penumbra fria,
alma em saudades murmura baixinho:
amo tanto! Sem ti, sou tela vazia!
 
Insensível às dores dos sentimentos
as horas entalhadas lentas avançam...
Meu olhar lê a poesia dos ventos!
 
Onde rimas perdidas alçam o tempo
e envelhecidas auroras descansam,
arredadas das sombras do contratempo!
 
 
 
27/04/2008

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 28/05/2008
Reeditado em 21/10/2009
Código do texto: T1008829