Salvar o amor

 

Molhado o rosto, tenho deste pranto

Dores silenciosas, sofridas a sós

Espólio de um amor que calou voz

Após tantos anos falando tanto.

 

 

Esgotada e muda, vivo o quebranto

Que embarga a alma e assassina a voz

Peso todos os contras e os prós

Desistir custa, só Deus sabe quanto.

 

Balança o coração amargurado

Tenta salvar o amor ainda existente

Do mar insosso em que está naufragado.

 

Gerem-se as emoções sabiamente

Ensaia-se um amor apaixonado

Esperando que ele volte novamente.

 

 

 

Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In ”Sonetos”

 

Lucibei
Enviado por Lucibei em 02/08/2008
Reeditado em 15/04/2018
Código do texto: T1109216
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