SILÊNCIO DA VOZ
*Fanny*
Desponta a lua nas brumas do meu olhar…
veste-me o sonho, memórias a sorrir
num prateado brilhante, meigo sentir
que dissipa as nuvens do meu idolatrar.
Noites e noites de clausura evocam cânticos
de infinito, orações perdidas no Universo…
orvalho de estrelas espargido em versos…
luares de saudade num sorriso que deifico.
Percorre-me o teu beijo no sabor da mente
doce amargura que coabita no meu peito…
Ausência que carrego em mim… inconsciente!
Jaz o silêncio da tua voz nos campos largados
das minhas quimeras, vazio remanescente
que rega o coração de lamentos desprezados.