Neorotransmissores

Está dilacerante em meu peito,

Essa dor – principia e não acaba.

Rasgo o pulso, por isso verto mágoa,

Escondo a marca, não acho no direito.

Ter você, mas também milhões de amigos,

Ter sorrisos e muitas aventuras,

Ser normal, mas fazer lindas loucuras,

Ser eu mesmo, em todos os sentidos.

Mas não me deixam – neorotransmissores,

E não querem – são parcos idiotas,

E não corta – a faca é de criança.

O que faço? Não tenho mais amores!

As coisas que perdi estão já mortas!

Estou perdido, sem paz nem esperança!

Lupo
Enviado por Lupo em 10/04/2006
Reeditado em 10/04/2006
Código do texto: T136882