Neorotransmissores
Está dilacerante em meu peito,
Essa dor – principia e não acaba.
Rasgo o pulso, por isso verto mágoa,
Escondo a marca, não acho no direito.
Ter você, mas também milhões de amigos,
Ter sorrisos e muitas aventuras,
Ser normal, mas fazer lindas loucuras,
Ser eu mesmo, em todos os sentidos.
Mas não me deixam – neorotransmissores,
E não querem – são parcos idiotas,
E não corta – a faca é de criança.
O que faço? Não tenho mais amores!
As coisas que perdi estão já mortas!
Estou perdido, sem paz nem esperança!