Duas almas

Duas almas

Olhem para o prado, lindo verdejante

Sintam no ar o cheiro, a capim molhado

Vejam ao fundo o rio, fresco ondulante

E dois corações batendo lado a lado

Uma égua correndo, e relinchando

Com seu potro branco, sempre á sua beira

Felizes, alegres sem dono, saltitando

Sentindo o mundo, livres, desta maneira

Eis que o homem, um bicho inteligente

Sem saber quanto mal ao mundo vai fazendo

Tenta agarrar, separar, indiferente...

Estes corações, que se amam com coragem

Porque o faz e destrói, eu nunca entendo ...

Porque quando alguém nasce, nasce selvagem !

Alma Lusíada
Enviado por Alma Lusíada em 24/04/2006
Código do texto: T144540