PAUSA TAMBÉM É MÚSICA

Não... Jamais cantarei as sílabas

Ou muito menos, “o que já me soa”.

Que se aprimorem os ouvidos

Se me querem ouvir, que ouçam!

Saibam que pausa também é música,

Que o silêncio fala mais ou tanto quanto.

Saibam, se convir, que o nada também é canto

E que os acordes deste, são cantados pelos anjos.

Jamais coube a poeta algum

Contar vogais ou consoantes.

Poeta não tem limite, não tem fronteiras.

O bom poeta vagueia pelo tempo

Que apenas a ele cabe, e o contentamento,

Pertence ao acaso, porquanto!