Vôo da Alma
Minha pobre alma, triste e cansada
De desencantos, e desalentos da paixão
Presa às lembranças, a sonhos nunca alcançados
Choras na angústia do longo vazio da solidão
Sedenta te voltas à caminhos percorridos
Com esperança igual criança busca amores sofridos
Esquecida das cicatrizes em ti obumbradas
Furta-te da piedade, em refúgios por ti alçados
Acorda alma minha desperta ao frescor da vida
Deixa as lágrimas caírem qual riacho a desaguar
Arranca essa dor do peito, como espinho a machucar
Abre os braços em largo sorriso e se vai mais uma vez a sonhar.