Vôo da Alma

Minha pobre alma, triste e cansada

De desencantos, e desalentos da paixão

Presa às lembranças, a sonhos nunca alcançados

Choras na angústia do longo vazio da solidão

Sedenta te voltas à caminhos percorridos

Com esperança igual criança busca amores sofridos

Esquecida das cicatrizes em ti obumbradas

Furta-te da piedade, em refúgios por ti alçados

Acorda alma minha desperta ao frescor da vida

Deixa as lágrimas caírem qual riacho a desaguar

Arranca essa dor do peito, como espinho a machucar

Abre os braços em largo sorriso e se vai mais uma vez a sonhar.

Aurinete Alencar
Enviado por Aurinete Alencar em 24/06/2009
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