Madrugada

Indiferente,a insônia já não respeita
Com a sua face ruborizada pelo frio
Passa por mim sorrateira, me arrepio

Postando-se ao meu lado, à espreita

Que queres? Pergunto, já a voz irritada
Acaso tu não percebes o meu tormento?

Embora seja imenso, não me lamento
Não durmo, inda que já esteja deitada.

Ah! Tu não conheces esta insônia tão cruel
Que espalhou sobre meu leito amargo fel
Se fez senhora das minhas doces noites

Tu, entregue aos devaneios, ao meu lado
Vestindo negro manto co'o rosto embuçado
Me castigas com o mais tenaz e cruel açoite!

bjs,soninha

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