Sentirás
 
 
Sentirás numa tarde ao sol poente
No entardecer azul de um mês qualquer
O palpitar de um coração já descrente
Que bate dolorido, por que ainda te quer.
 
O crepúsculo com o olhar mortiço beberá
Teu sorriso de mulher, e teus beijos,
Teus cálidos lábios o crepúsculo me roubará
Sufocando em mim, meus pobres desejos.
 
A noite, como sempre será misteriosa,
Nem o clarão da lua iluminará.
Minha sombra a fugir triste e silenciosa.
 
Dirás aos soluços na alcova de tuas dores
E eu lembrarei o quanto tu fostes má
Assistindo as estrelas se abrirem como flores!
 
 
Pelotas: 11 / 07 / 2009