O Som da Vida
O amor, o que seria?
Não seria um punhal,
Que nos apunhala com orgia,
No alarido do saturnal?
Mas, quero o amor, quero deste ópio,
Que me acalenta a alma,
Quero do sabor, notório,
Que me apazigua, me acalma!
Dêem-me isto!
Quero apenas isto, o som da Poesia,
Me acalmem o espírito!
Eu necessito do som da vida,
Derramo do sangue, um litro;
Dentre o punhal que me finca!