Soneto Oculto

um vulto de fim subiu-me nos lábios

e de mais vultos surgiram mais vultos

e todos vultos sangrarem-me juntos

disse que um vulto afundou-me nos lagos

três vultos de não beijaram pressagos

fúnebres danças de vultos sepultos

ciclones de vulto aos meus graves cultos

faquearam meu sonho a vultos já vagos

vulto de amor martelou minhas rosas

só vulto fitei erguendo teu véu

fêminos vultos em crises chorosas

vulto em loucura levou-me dos teus

mas vulto-nada em desgraças de prosas

desejos gritou de um vulto que é Deus

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Alessandro Reiffer
Enviado por Alessandro Reiffer em 26/08/2009
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