PROLIXO? PRO LIXO! (Soneto Alexandrino Duodecassílabo)

Prolegômenos superabundantemente difusos de honoríficos

Discreteiam o inexorável, inelutável e nada inescrutável

Na mansuetude não dobrada que com efeitos soam magníficos

Em icterocéfalo graveolente lhanamente factível e escrutável

Hermeneutas herméticos litigáveis coliquam-se em bigotismo

Paulificantes coscuvilheiros entredizem cousas desvinculadas

Denotando nicles e emgabelando cumoção reiúna sem cismo

E delambendo-se com deicídios por ensirrostros e com espadas

Posulanimidade opulenta putrefaciente e improficiente

Possidônios de paleios ocos mas tomentosos feitos de espurcícia

Fenecem vivarachos troçando da sobejidão soberbosamente

E ouvidando da transitoriedade de suas porções feitas de malícia

Tão garbosos e inertes quanto seus ídolos troféus fixos no nicho

Que talvez agora todos concordem que o Prolixo deva ir Pro Lixo!

LERIAS, W.R., O Manuscrito Veredicto - 2000

Washington Roberto Lerias
Enviado por Washington Roberto Lerias em 26/06/2006
Código do texto: T182716