Rasura

Não importa o meu existir

ainda assim cai a noite, chove

indiferente ao meu sentir;

nada que me confirme ou prove.

não cede o ventre que me gerou,

nego o ventre que também gerei;

muito pouco de mim sobrou

nada continuará do que plantei.

Palavras, medos e alguma emoção,

de herança, nada deixo de consistente;

a vida é feita de pele gravada na razão

Essa não juntei, faltou habilidade.

Amoldada à vivência retrátil

rasurei -me na sensibilidade.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 07/10/2009
Código do texto: T1853775
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