Penunbra

Na doce ilusão a persistir

minha alma se enlaça

em suave e pleno consentir

do amor que há na taça

Porém a noite se esvai toda nua

de tristeza e sutil ferimento

vestes minh´alma que é tua

desfazes assim o sofrimento

Na angústia do querer compartilhar

do instante da ternura desejada

estarei longe, sem te afagar

Na penunbra da atróz amargura

de não poder assim te ver e amar

reabro os portões da minha clausura

Santos, SP

24/05/06

Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 09/07/2006
Reeditado em 09/07/2006
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