Nunca

Não há portas a nos separar, nunca houve

Só um tênue esperar sem cobranças

Um silêncio cúmplice para quem ouve

O ranger de pés retornando das andanças

Não há relógios marcando tempo de espera

Só o badalar descompassado de corações apressados

Que insistentes, nas horas soltas emperra

No estio de braços solitários estilhaçados

Atravessa a passagem do imune momento

O pulsar da razão desatando o coração

Quedando-se assim num átimo de pensamento

Minha vida que sem espreita longamente sorri

Defronte a porta imaginária a ti confessa

Sempre aqui estive, do teu lado eu nunca saí

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 25/11/2009
Código do texto: T1943818
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