SOLIDÃO DA LUA

Ainda ontem, no final da tarde,

Quando o sol, recolhia seu resplendor,

A lua se aproximou, sem alarde,

Flertando o mar, com olhar sedutor.

Contemplava-se, espelhada nas águas,

Tão bela, verdadeira dama, da noite,

Viu brotar, lá no fundo, algumas mágoas,

Por sentir-se tão só, em sua pernoite.

Nota a presença, do sol, lá distante,

Mas o queria ali, bem perto, presente,

Enroscar-se no seu reflexo... amante.

Nesta noite, a lua se sente uma rainha,

Porém, ao mesmo tempo, tão carente,

É tanta solidão, e..., ninguém advinha.