CORREÇÕES (Exercício)

Nesse tentar, assim, como não se quer nada,

Monotonia tal, insuperável tédio;

A espera do devir preenche esse intermédio,

Justificando o fim nesta dor estagnada.

Sendo a meta o porvir, então pedras na estrada,

E a pausa pra rever os erros sem remédios

e também se livrar dos imorais assédios:

levantar e seguir, sem rumo e sem parada.

Talvez se possa, assim, remir tempo perdido,

Para que as horas vãs, tentativas de outrora,

Façam o novo ser refletir tantos brilhos

Qual um cristal enfim, do mesmo colorido.

Uma nova manhã se mostra e revigora

Infinitas lições, nos mestres empecilhos.

Por:

Diana Gonçalves/Dudu Oliveira/Elischa Dewes/Fiore Carlos/Paulo Camelo/Ronaldo Rhusso

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Proposta de tema e técnica por Ronaldo Rhusso:

Soneto Alexandrino com sílabas agudas encerrando os primeiros hemistíquos e graves encerrando cada segundo hemistíquo.

Rimas: abba/abba/ cde/cde