MENINA-MOÇA (Traduzindo Catulo)
Esvoaçando lindamente sobre a vida,
Do vigor que te acomete, o viço, a ação.
Inquieta, talentosa, brilhante, um vulcão!
Mexe com todos, descomprometida!
Corre aqui, ali, adiante,
Andar ligeiro, sem rumo, sem parar.
A vida te segue sem cansar!
As horas correm depressa, num instante!
Menina-moça, toda a vida a ti pertences,
Entre tantos, vives nas alegrias.
Todos sorriem sorrisos de amor.
Provocas, feliz e sempre vences,
Com mãos suaves os rostos acaricias,
E seu jeito inocente nos comprou!
ABAIXO O TEXTO ORGINAL DO POETA CATULO
MININA-MÔÇA (Sonêtu Caipira) 11/03/10
Esvuaçandu lindamenti sobre a vida,
Do vigôr qui ti acométi, um viço, a ação.
Inquiéta, talentósa, briliante, um vurcão!
Bule cum tôdus, discompromitida!
Córri aqui, aculá, adianti,
Andar dipréssa, sem sintído, sem pará.
A vida ti acumpanha sem cansá!
Corri as hóras dipréssa num instanti.
Minina-môça tôda a vida li pertênci,
I entri tôdus mecê cunvíve na aligria.
Todus sorri sorrísu di amô!
Mecê fermenta, filiz, i sempri vênci,
As mão suave os rostus acaricia
E inucenti, seu jeitu nus comprô!