Elegia a Isabella
É uma porção verde da longe mata
antes da frieza do concreto armado,
quando a amada com a lua bem ao lado,
sonhava ouvindo a voz da serenata.
Na sombra do jardim improvisado
uma palmeira tímida desata
pranto de orvalho modelado em prata
sobre o corpinho ali abandonado...
Dele, olhos quietos miram a janela
onde outrora fingiu-se um lar festivo,
cheio do amor que torna a vida bela...
Lá dentro a esganação de uma inocente...
Nas mãos do monstro, o corpo ainda vivo
e o gesto que assombrou a toda gente.