CHEIA DE SAUDADE

E quase noite de um dia chuvoso, cinzento
Daqueles que nos convida a ler e recordar
Vêm as lembranças enquanto se vai lendo
Doces lembranças que eu quero guardar.

Da vida docemente... ai quanta saudade!
Do cheiro bom das flores no jardim
Do gotejar da chuva fina e sempre à tarde
Que eu desejava não tivesse fim...

Anoitecia e a chuva fina sem querer parar
A gotejar incessantemente na janela
Como se me pedindo pra cantar

Suavemente ninava-me até tarde
Tentando juntas entoar uma canção
A qual recordo hoje cheia de saudade.


Brasília, 02/04/2010