Lá em Montevidéu



Eu pressinto que tu não me olhas mais,
Tu sabes! Ainda estou no mesmo cais,
Desde o jantar... Não me telefonou.
O meu barco, além disso, não furou.

Sem limites é com`o azul do céu,
Sou ímpar. E tu não ajustes. Não tô ao léu.
É sinal que o meu amor não confinou,
Não se quebra, é de aço, e jamais apeou.

No arrabalde do amor, lancei meu arpéu,
Dei-te como mimo o único chapéu,
Quem sabe! Outra jovem, cá, já abrolhou?

Busque outro porto, lá em Montevidéu,
Assim, tu não me farás como um réu,
Tu serás como o vento que passou.




ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 12/04/2010
Reeditado em 30/09/2011
Código do texto: T2193182
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