SOLAR DAS ALMAS

Eis a fluir o lúgubre e esguio encosto

Agindo à mortalha desgastada e rara

Insano o cobre cujo emana o teu rosto

Da batucada enjeitada se és leda tara.

Que o corpo putrefato e mole

Almoce tuas jantas sequinhas

Alimento inócuo, vírus colhe

Intensas estripas, vesguinhas.

Eis o número do soneto brando

O qual fede e adormece em cio

Com queixo, carniça ou quando

A viúva órbita, ressecada e vil.

Merece o valor do excremento

Mas se farta assaz, a contento.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 22/05/2010
Reeditado em 22/05/2010
Código do texto: T2272190
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.