Soneto do Amor e Òdio

Aqui dentro de mim há duas maneiras de vê e sentir

As vezes o que vejo me enoja ou pode me encantar

Assim como o que sinto é algo de amor ou de odiar

De risos ou de lágrimas meu rosto pode se vestir

Dor e gozo sempre em constante oscilação

O velho se faz novo e por si só se restaura

Luminosa as vezes se torna sua doce aura

Ou se apaga em mais perfeita escuridão

Dois lobos em pleno e ardente combate

Um tentando o outro subjugar

Batalha sem vencido nem vencedor

Pois assim desnecessário é esse embate

Que não leva a nenhum lugar

Pois impossível é ódio sem amor