PARALELAS 


Almejando encontrar estradas luminosas,
procurei viver vida apenas com amor;
imaginava estar em trilhas assombrosas,
tendo no coração um enorme candor.

Foram muito sutis as fases deleitosas,
vivendo eu bem feliz momentos de fulgor.
De joelhos, roguei só bênçãos dadivosas
a fim de achar no mundo um pouso acolhedor.

Em mim tudo era um quadro apenas de beleza;
minha vida lembrava algumas aquarelas,
trazendo em cada cor enorme singeleza.

Porém, tanta ilusão agora tu cancelas;
nossa separação é uma grande certeza,
porque somos somente eternas PARALELAS!


                                                               (Soneto alexandrino)


Alda Corrêa Mendes Moreira
Enviado por Alda Corrêa Mendes Moreira em 23/09/2006
Reeditado em 08/12/2008
Código do texto: T247592