Soneto Cósmico
Procurando a resposta medito sobre o universo,
Na natureza foco a mente e encontro perfeição,
Entre os átomos e as estrelas divago, me disperso
E atraído pela chama do saber, tendo à indagação:
Quantas galáxias perambulando, desgarradas,
Multicoloridos corredores divinais na imensidão?
Quantas pessoas inteligentes, em roupas alinhadas
Julgam ser o homem jóia una no relicário da criação?
Cometem o erro de não perceber que a terra é só um grão
Sutilmente depositado entre as poeiras infinitas
E desse grão não somos mais do que ínfimos parasitas,
Alimentando-nos abutremente dos recursos naturais
Aventura egocêntrica que advém de tempos imemoriais,
Prepotentes e hipócritas, uma única espécie em total desunião.