Prefiro ser louca

Amanheço cansada da lida da vida

Essa vida já chamada Severina

Onde a febre desatina

E corrói o corpo em surdina

Passo o dia desatenta

Não reparo na presença

Dessa sombra que me atenta

E de morte me ameaça.

Que espera o mundo de mim?

Que ame o amor que nunca tive

Que cale minha dor num riso triste?

Antes louca, mas dona de mim,

Do que mansa e pacata

Nessa prisão sem fim.