Soneto Maldito III

Depois do imenso ego ferido,

O moralismo perde a calma

E se enche de ódio até a alma

Como o velho diabo perdido.

É a insensatez a própria vaidade

Que liberta o demônio proibido,

Abrigando no coração, escondido,

O sopro dos moinhos da maldade.

E jorra o ódio como a água na fonte,

Molhando os olhos, franzindo a fronte,

Rosnando planos pelos próprios dentes.

É a liberdade humana e as suas fraquezas

Que dominam as idéias e as suas certezas,

Acabando com a pureza de todas as mentes.

Washington Machado
Enviado por Washington Machado em 15/06/2011
Código do texto: T3037386
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