A certeza de não ter sido amado

A madrugada se diluiu no meu olhar,

Na minha voz, os silêncios tumulares

As vastidões querem me abraçar,

Vazios dos espaços intra-estrelares...

Meus sonhos se embalam em dolências,

Tenho porões atulhados de medos,

Carícias das minhas experiências...

Meus anseios vazam por entre dedos...

O que sobrou de mim depois da luta

Com os desejos nunca completados

Foi o infinito cansaço da labuta,

Respiração no corpo esquartejado,

A languidez do olhar na alma muda,

E a certeza de não ter sido amado...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 25/12/2006
Reeditado em 02/04/2022
Código do texto: T327474
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.