Soneto Outonal
 
 

Os trópicos sussurram sonolentos
Os ventos valsam as folhas perdidas,
Em indevidas venturas de eventos
Atentos olhos, lágrimas banidas.


Cabelos e lábios, sabor de menta.
Nada sustenta o tom amarelado
Viço bordado, amor que se reinventa,
Véu magenta a revelar meu pecado.


Toca a mata, varre o som da sonata
Varre vento este tempo revoluto,
Abstrata natura, polens de prata.


O balouçar da tarde, flor e idade,
Luz sobre tela, tez tão bela. O fruto,
Paixão outonal, musical brevidade!


 

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Ronaldo Honorio
Enviado por Ronaldo Honorio em 07/11/2011
Reeditado em 23/11/2018
Código do texto: T3322818
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