O último carnaval de Schopenhauer
No ostracismo dos meus sonhos, sinto-me inerte,
Rendido aos gritos que decretam meu fracasso.
Minha vontade de fazer saber se inverte.
Entre as discórdias dos homens, rompem-se os laços.
Eu vivi, como na tragédia de Hamlet,
A teoria do amor tatuada nos meus braços.
É fácil amar? Mas a história se repete
No drama da vivência sempre em descompasso.
Eu te desejo como a paz deseja a guerra.
Inquietas ânsias transformam-me num prostrado.
Assim morrem milhões, o destino é quem erra.
Surgem outros milhões num replay do passado!
E quer agora que a dor de viver se encerra?
Então, recusa o amor dos que estão ao seu lado!